A Google divulgou os novos números de distribuição do sistema operativo Android para os meses de setembro e o Android 9 Pie ainda nem sequer está nas estatísticas. Isto significa que menos de 0,1% dos dispositivos Android utilizam o sistema operativo mais recente, apesar do Pie ter sido lançado nos aparelhos Pixel e Essential no início de agosto e nos dispositivos OnePlus, Nokia e Huawei nos tempos mais recentes.
99,9% dos smartphones ainda não têm o Android Pie
Embora seja estranho que 99,9% dos telefones Android ainda não executem a versão mais recente, o número de dispositivos que utilizam o Oreo continua a aumentar. Atualmente, 19,2% dos dispositivos Android utilizam o Android 8.0 ou 8.1 – um aumento de 4,6% no mês passado. Ao mesmo tempo, o Nougat, Marshmallow e Lollipop caíram cerca de 1%.
O Jelly Bean e o KitKat também tiveram um declínio, embora o Gingerbread e o Ice Cream Sandwich se mantenham com 0,3 por cento cada. Cerca de 88 por cento dos dispositivos Android executam agora o Android Lollipop ou posterior, e esperamos ver o Pie já no próximo relatório.
Qual a razão para as atualizações Android demorarem tanto?
Do KitKat, ao Lollipop, ao Marshmallow e ao Nougat, cada nova versão do Android parece atingir menos dispositivos e fazê-lo de forma mais lenta. Porque é que isto acontece?
Em primeiro lugar, as pessoas mantêm os seus telemóveis durante longos períodos de tempo. Isto significa que o número de dispositivos ativos que executam as versões mais antigas do Android permanece alto (o aumento contínuo dos preços dos topos de gama também pode contribuir para isto).
Além disso, muitos dispositivos Android estão a ser lançados sem a versão mais recente do Android, atribuível ao aumento de dispositivos chineses de baixo custo e ao aumento do mercado nos países em desenvolvimento.
Muitos dispositivos Android representam um menor impacto imediato das novas versões
Outro fator importante é que existem cada vez mais dispositivos Android. Isto significa que quando chega uma nova versão, o impacto imediato diminui.
Quando todos os principais fabricantes colocaram os seus topos-de-gama a funcionar com o Ice Cream Sandwich, isto representou uma parcela significativa porque havia menos equipamentos no mercado. Agora já existem mais de dois mil milhões de dispositivos Android ativos. Assim, vai demorar um pouco mais para conseguirmos medir o impacto do novo sistema.
O aumento da taxa de lançamento muda o paradigma
O aumento da taxa de lançamento para as principais versões do Android pode também ajudar a explicar algumas coisas. Um lançamento mais recorrente significa menor taxa de penetração no mercado. A título de exemplo, o Jelly Bean já estava disponível a cerca de 16 meses antes da chegada do KitKat. Depois o KitKat ficou sozinho por pouco mais de um ano. Seguiu-se o Lollipop, que acabou de passar 11 meses sem ninguém antes do Marshmallow entrar em cena. Assim, o Marshmallow só ficou fora durante dez meses e meio antes do Nougat aparecer em meados de agosto.
O Android Oreo foi a única versão mais recente a resistir a esta tendência, chegando quase um ano depois do Nougat. O Pie chegou 12 meses depois. Agora as novas versões serão sempre lançadas a um ritmo anual.
Será assim tão importante termos a última versão do sistema operativo?
No entanto, estar na versão mais recente do Android já não é tão importante quanto antes. (Apesar de todos nós gostarmos de estar na última versão). Com o Play Services, por exemplo, a Google pode enviar atualizações importantes para praticamente todos os dispositivos Android sem necessitar de uma atualização completa do sistema operativo. Para além disso, a grande maioria dos fabricantes estão muito mais rápidos a implementarem as atualizações de segurança. Isto significa que estes dispositivos já não estão tão vulneráveis quanto antes.
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