No panorama geral daquilo que é o mundo dos smartphones, é no lado Android que podemos encontrar um maior volume de vendas. Algo normal, visto que o mercado sempre funcionou assim. Os smartphones Android são mais vendidos que os iPhones.
Aliás, é exatamente por isso que a Samsung é a maior fabricante de smartphones do planeta. É quem mais vende!
Isto significa que existe um maior interesse no lado Android? Não. Nem por isso! A verdade é que isto só conta uma parte da história.
Ou seja, estes números devem-se muito facto de a Apple apenas lançar aparelhos focados nas gamas mais altas, com os preços a começarem à volta dos 989€, isto enquanto no mundo Android temos aparelhos a começar nos 99€, com alternativas até aos mais de 2000€.
Mas, além deste facto, a realidade é que mesmo nas gamas mais altas, parece existir uma tendência muito interessante, em que um iPhone acaba por aguentar sempre mais anos nas mãos de um utilizador. Algo que acaba por também afetar estes mesmos números de vendas.
iPhone dura mais tempo que um Android!?
Portanto, segundo a CIRP (Consumer Intelligence Research Partners), embora tenha existido um aumento no número de atualizações em 2022, o que se traduziu num aumento das vendas por parte da Apple.
A realidade é que a maioria dos utilizadores fica com o seu iPhone 2 ou 3 anos, ou até mais que isso.
- Nota: Este aumento de vendas significa que a Apple está a ser capaz de roubar clientes ao Ecossistema Android. Aliás, a Apple nem sequer tem mãos a medir para dar vazão a toda a procura. (Link)
Será isto porque o iPhone é mais duradouro face a um smartphone Android?Â
Não, os materiais são exatamente os mesmos, e a qualidade de construção de um iPhone é, e já é há muitos anos, comparável a um qualquer Samsung Galaxy S, Xiaomi Pro ou Oppo Find X.
O que muda é a experiência de software. Algo que que também acaba por ter algum impacto na performance do dia-a-dia, e longevidade desse mesmo aparelho.
Ou seja, enquanto a diferença no campo do hardware e materiais utilizados não é de todo significativa. A realidade é que o iPhone recebe atualizações de forma muito mais rápida, e muito mais consistente, face a um qualquer smartphone Android.
Esta é a vantagem que a Apple tem em controlar todo o seu ecossistema. A Apple produz o hardware, produz o software, e como tal consegue desenvolver tudo à medida daquilo que quer e saber conseguir fazer.
Em suma, estas atualizações mantêm o nÃvel de performance alto e consistente, até nos iPhones mais antigos (5~6 anos). Além disso, dá a sensação de que a Apple está atenta aos consumidores, sejam eles novos no ecossistema, ou já com alguns anos dentro do mundo iOS.
É preciso dizer que as coisas estão a melhorar no lado da Google, muito graças aos esforços da Samsung, Xiaomi e Oppo. Ainda assim, continua a ser inegável que a gigante da pesquisa ainda não conseguiu transformar o processo de atualização do seu sistema operativo em algo mais simples e mais veloz. Infelizmente, ainda é comum ver aparelhos de gama alta a serem abandonado após um ano de mercado, sem atualizações significativas para o SO.
As promessas que a Google fez com os seus Pixel 8, a afirmar 7 anos de atualizações, são obviamente interessantes. Mas isso tem de ser levado a todo o ecossistema, e não apenas à gama de aparelhos da própria Google. Caso contrário, vamos ver uma Apple a continuar a crescer e a vender que nem pãezinhos quentes. Isso seria mau para a rivalidade entre marcas, e entre ecossistemas.
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