Os dobráveis já andam no mercado desde 2019, altura em que o primeiro Galaxy Fold chegou às prateleiras. Porém, é inegável que a coisa está a ganhar muito mais importância agora, neste estranho ano de 2023, com muitas e boas fabricantes a lançarem as suas próprias propostas, isto ao mesmo tempo que os designs começam finalmente a aparecer mais evoluídos e realmente ‘next-gen’. (Faça favor de olhar para o Z Flip5 -> Aqui).
Está interessado em algum dobrável, ou ainda continua a preferir um smartphone tradicional? Eu, que analiso vários modelos ao longo do ano, já não sei bem o que pensar ou querer!
Smartphone Dobrável ou Tradicional? 2023 está estranho!
Portanto, a título pessoal, acho que o Galaxy S23 Ultra é o smartphone mais poderoso e mais completo de 2023 até agora. Porém, o telemóvel que mais tempo tem estado no meu bolso, é o Oppo Find N2 Flip, um smartphone dobrável finalmente capaz de me encher as medidas em todos os campos.
Smartphones muito diferentes, que demonstram dois lados igualmente diferentes do mundo mobile.
- (Análise) Galaxy S23 Ultra: Parece igual? Parece mas não é!
- (Análise) Oppo Find N2 Flip: Uma grande aposta!
É algo que levanta uma questão… Tradicional, ou dobrável? O que ganhamos de um lado, e perdemos do outro? Vou dar a minha opinião.
Logo para começar, apesar do facto do Oppo N2 Flip ser muito agradável ao toque, não há ainda como oferecer a mesma qualidade de construção de um smartphone tradicional premium, numa oferta dobrável.
Afinal, no S23 Ultra temos uma traseira de vidro, um bom corpo de alumínio que se sente robusto, e claro, um ecrã com vidro Gorilla Glass Victus+, pronto para todas as situações. Por sua vez, o Oppo N2 Flip, sendo um dobrável Flip, tem de estar equipado com um ecrã OLED de plástico, e todo o seu corpo, apesar de apelativo ao toque, foi pensado para ser leve e confortável, esquecendo o mais pesado alumínio e vidro.
Além disto, apesar de achar que a Oppo fez um trabalho incrível na componente fotográfica, a verdade é que com apenas 2 sensores na traseira do seu Flip, perdemos alguma agilidade e dinamismo na captura fotográfica a partir de um smartphone. Infelizmente, ainda não há espaço para meter o mesmo módulo traseiro que podemos encontrar em um qualquer smartphone tradicional topo de gama. Um perfeito exemplo disto é o novo Z Flip5 da Samsung, que vai continuar a contar com apenas 2 sensores principais, em vez de 3 ou 4, como é normal num topo de gama Android.
Entretanto por falar em falta de espaço, temos também o problema da refrigeração, capacidade da bateria, e capacidade de carregamento rápido. Todos os dobráveis que tive a oportunidade de testar, estão limitados nestes campos.
Curiosamente, isto sempre foi verdade, e é apenas mais verdade à medida que o tempo passa. As fabricantes precisam de espaço dentro dos seus aparelhos, seja este dobrável ou não. O problema é que num Fold ou Flip, temos de dar espaço para o ecrã secundário, e dobradiça. É uma balança… Ficamos a perder noutras vertentes.
Ainda assim… Sinto-me cada vez mais conquistado pelos dobráveis!
Mesmo a perder em alguns campos, adoro um bom dobrável. Abre a porta a outros tipos de uso, e faz passar a ideia que somos diferentes, somos irreverentes, e que queremos explorar coisas novas.
Aliás, tem-me acontecido mudar para telemóveis tradicionais, e com a habituação de usar dobráveis, tentar fechá-los. É algo automático, mas que demonstra que existe mesmo potencial neste tipo de aparelhos.
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