O WhatsApp é uma das aplicações mais conhecidas para comunicar. No entanto, o Signal é talvez a mais segura. Olhando para vários testes realizados é sem dúvida a aplicação a utilizar para que as nossas conversações continuem privadas. É que todas as comunicações no Signal são encriptadas, incluindo as vídeo chamadas em grupo. Ora isto exige muita carga nos servidores e como tal tem havido recorrentes necessidades de expansão. Sobretudo para acomodar muitos utilizadores que deixaram o WhatsApp na altura do lançamento da nova política de privacidade. Agora e depois do Signal suportar chamadas em grupo até cinco participantes resolveu aumentar o limite para as 40 pessoas, o que é sem dúvida uma boa notícia até comparando com o WhatsApp.
Signal acaba de ultrapassar WhatsApp numa tecnologia!
O Signal baseava-se inicialmente numa solução de código aberto para as chamadas de vídeo. No entanto, rapidamente se descobriu que não havia uma forma fiável de escalar o sistema para mais de oito participantes. Isso forçou a empresa a criar o seu próprio serviço de código aberto que se baseia na chamada técnica de Encaminhamento Seletivo. Deste modo utilizam servidores que encaminham o seu áudio e vídeo para outros sem alterar ou visualizarem o conteúdo. Esta solução tem dado vida às chamadas de vídeo da Signal nos últimos nove meses e é fiável até 40 participantes.
Isto é um grande feito para uma empresa recente. Por outro lado, o WhatsApp nunca teve grande vontade de aumentar o número de utilizadores das chamadas vídeo em grupo. Em 2020 aumentou o limite para oito pessoas e ficou por aí.
Realmente é interessante assistirmos a esta evolução por parte do Signal que por sinal até é a plataforma mais segura
As publicações Rolling Stone e Property of the People deitaram a mão a um documento do FBI que pode ser visto abaixo e que revela o tipo de informações que podem ser obtidas através das apps de conversação. Logo à partida há uma conclusão interessante. O WhatsApp e o iMessage são as que fornecem mais informações.
No caso do FBI, o WhatsApp, iMessage e Line podem fornecer os conteúdos das mensagens em resposta a um pedido do FBI. Por outro lado, o Signal, Telegram, Threema, Viber, WeChat e Wickr não entregam o conteúdo das mensagens.
Mas afinal que dados são fornecidos?
Bem, de uma forma geral o WhatsApp dá apenas alguns dados básicos sobre a pessoa. No entanto, caso exista um mandato, é possível que as autoridades tenham acesso a todos os contacts dessa pessoa. Para além disso, e em determinadas circunstâncias, o WhatsApp até pode enviar a fonte e o destinatário das mensagens a cada 15 minutos. No entanto, parece que o conteúdo não é partilhado. Mas há outra forma de se aceder às conversas.
Utiliza um iPhone e as mensagens do WhatsApp estão na iCloud? Então o FBI tem acesso ao conteúdo das mensagens. É que a Apple entrega a chave de encriptação da iCloud em caso de mandato.
Entretanto o iMessage começa por fornecer apenas dados básicos como o WhatsApp. No entanto, e caso exista um mandato, as autoridades podem ter acesso ao backup do dispositivo em questão. Isto caso a pessoa tenha as cópias de segurança armazenadas no iCloud.
Os serviços que menos dados revelam
O Telegram e o Signal são dois serviços que têm mais limitações ao nível dos dados que entregam. De facto, o Telegram não dá quaisquer conversas às autoridades nem informações sobre os contactos. Ainda assim e no caso de terrorismo podem fornecer endereços IP e os telefones das pessoas em questão.
O Signal também não revela o conteúdo das mensagens. No entanto, pode fornecer a data e a hora em que um utilizador se registou no serviço.
A maioria destas informações não são novas. No entanto este documento compara muito bem as diferentes plataformas. Esta informação acaba por ser muito importante, por exemplo, para os jornalistas, leaks e fontes.
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