Quando começou a caça americana à Huawei devido a supostas questões de segurança nacional, especulou-se muito acerca de que empresas poderiam ser as próximas. Nessa altura, aparentemente, tudo estava relacionado com o 5G. Como tal, só empresas como a ZTE e a Huawei é que poderiam eventualmente ter problemas. No entanto, o que anteriormente parecia certo agora já não é. Ou seja, poderá a Xiaomi estar em apuros com os Estados Unidos?
Estados Unidos apertam o cerco e Xiaomi pode ficar em apuros!
De facto, na altura até fiz um artigo onde analisava se a Xiaomi poderia ser incluída nesta possível lista de entidades, isto a propósito de uma campanha de marketing onde este fabricante deu uma bicada à Huawei. Pode ler aqui. No entanto, uma vez que a Xiaomi fabrica “apenas” smartphones e outros equipamentos (não de conetividade) era pouco provável que sentisse a pesada mão americana. Agora tudo parece mudar. E isto porque há várias empresas chinesas a serem incluídas nesta lista de entidades e várias nem sequer estão minimamente relacionadas com o 5G.
As novas empresas na mira dos Estados Unidos
Em meados de 23 de Julho, o governo americano acabou de incluir a OFILM, um dos principais fornecedores de lentes OV. Os parceiros da OFILM incluem vários fabricantes de smartphones como Xiaomi, Huawei, OPPO, Vivo, Lenovo, Samsung e Sony. Além disso, também fez parceria com fabricantes de automóveis, como a Geely Automobile, SAIC Motor e Changan Automobile.
A OFILM afirma que sempre cumpriu as leis e regulamentos e protege totalmente os seus direitos legais.
Mais recentemente uma nova ordem americana impede que empresas americanas e indivíduos se envolvam em transações comerciais com o TikTok. Aliás, na prática com a ByteDance. O mesmo aconteceu com o WeChat, uma plataforma de comunicação que também pertence a uma empresa chinesa. Isto está a dar muito que falar e parece que o TikTok quer processar a administração Trump. Pode ler mais sobre isto aqui.
Xiaomi pode realmente ficar em apuros com os Estados Unidos?
A Xiaomi tem vindo a ganhar cada vez mais notoriedade e está a conquistar utilizadores em todo o mundo. De facto, na Europa, até conseguiu ultrapassar recentemente a Huawei e isto salta à vista de Trump.
A Canalys revelou os rankings referentes ao segundo trimestre na Europa e mostrou o top de cinco fabricantes na região. Dito isto, a Huawei passou de terceiro para quarto na Europa, tendo sido ultrapassada pela Xiaomi.
Esta empresa afirmou que as duas marcas foram responsáveis por 17% das vendas europeias no terceiro trimestre. A Xiaomi atingiu os 7,1 milhões de unidades na Europa durante esse período, ficando à frente da Huawei em cerca de 100.000 unidades. Entretanto a Huawei enfrenta um declínio ano a ano de 17%, enquanto a Xiaomi registou um crescimento de 65% em comparação com o ano anterior.
A entrada em solo americano
A Xiaomi tem vindo a adiar a entrada nos Estados Unidos. No início de 2018 dizia-se que ia entrar no final do ano. Mais tarde, Wang Xiang, o vice-presidente da Xiaomi afirmou que sua empresa se ia expandir para os Estados Unidos em 2019. Isto não aconteceu. Mais tarde falou-se em 2020, mas tudo parece ter sido novamente adiado.
No entanto, eventualmente nem vai ser preciso adiar. É que pode muito bem acontecer que seja banida, antes de tentar.
Os Estados Unidos poderiam ser um mercado muito importante para a Xiaomi. Aliás os equipamentos estão lá de forma não oficial através do eBay e não só. No entanto a um preço mais alto. Conseguir ganhar o mercado americano, seria um passo rumo ao número 2 e ao número 1. Mas pisar em solo americano, Trump não deve deixar.
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