Há alguns dias atrás, noticiámos que o Winamp estava finalmente a voltar ao mercado, depois de vários anos em ‘banho-maria’.
Mas, apesar da boa notícia do regresso da aplicação, talvez faça sentido perceber o que aconteceu há alguns anos atrás… Afinal, como é que um programa utilizado por milhões de pessoas simplesmente desaparece da face da terra, sem deixar rasto? Vamos por partes?
(Especial) O que aconteceu ao Winamp?
Há cerca de 20 anos, o Winamp era o leitor de música mais popular da indústria, e pelos vistos, tinha tudo para se manter no poleiro durante muitos e bons anos. O que aconteceu? Primeiramente, vamos olhar para trás, para depois perceber o presente, e o possível futuro.
Pois bem, o Winamp (Windows Advanced Multimedia Products) chegou ao mercado pela primeira vez em 1997, numa altura em que ouvir música no computador não era bem normal. Aliás, na altura, ninguém sabia muito bem o que era um ficheiro .mp3.
Na verdade, o Winamp nem foi o primeiro leitor de música com potencial para mudar o mercado, mas foi inegavelmente o que teve mais sucesso, ao permitir a criação de playlists de forma super simples e intuitiva. Esta facilidade, em conjunto com o salto para a popularidade de serviços de partilha de ficheiros como o eMule ou Napster, fez com que o Winamp ganhasse uma popularidade tremenda nos anos 90 e 2000.
Para ter noção, o Winamp chegou a estar instalado em quase 100 milhões de máquinas no pico da sua popularidade.
O que aconteceu a todo o sucesso?
O Winamp era leve, era rápido, e era extremamente personalizável, com toda uma comunidade pronta a criar plugins ou novas skins para o leitor de música. Só coisas boas… Então, o que aconteceu? Bem, foi comprado! Ou melhor, a Nullsoft (dona do Winamp) foi adquiria pela AOL, por cerca de 80 milhões, e a partir daí, foi sempre a cair.
Na altura, a AOL foi capaz de ir buscar muita da sua receita à página do Winamp, graças aos anúncios publicitários, além disso, também lançou uma versão Pro do software, por 10$, que até fez algum sucesso.
Mas, verdade seja dita, a empresa nunca soube muito bem o que fazer com o leitor. Houve uma altura, em que o Winamp chegou a significar uma janela de publicidade para o serviço, com a instalação, ou utilização do leitor a significar anúncios chatos para subscrições AOL.
Nesta altura, começaram a aparecer outros serviços, e com o tempo, até os utilizadores mais fiéis acabaram por abandonar o velho Winamp.
Em 2013, a AOL decidiu terminar o projeto, e durante muito tempo, o Winamp esteve em coma. Mas agora, parece que está a voltar com uma nova vida. Claro que nunca irá chegar aos níveis de sucesso do passado, visto que hoje em dia o foco está no streaming. Ainda assim, é extremamente curioso ver o velho Winamp de volta, sem o açaime da AOL.
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