É inegável que o mercado automóvel está no caminho da eletrificação, já não há mesmo volta a dar. Afinal, até o hidrogénio parece ter ficado no caminho, para abraçarmos, com tudo o que temos, o mundo dos packs de baterias.
No entanto, ainda existem alguns obstáculos importantes para que todos os condutores comecem a equacionar a adoção de um modelo puramente elétrico, para o seu dia-a-dia. Onde claro está, temos de sublinhar a autonomia.
Pois bem, a Audi é uma das fabricantes que mais tem apostado na mobilidade elétrica, e pelos vistos, tem uma ideia para tentar aumentar significativamente o alcance de qualquer carro elétrico.
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Audi quer usar um motor ‘Boxer’ para melhorar a autonomia dos EVs
Portanto, de acordo com uma nova patente, a gigante Alemã está a planear a implementação de um motor ‘Boxer’ de pequenas dimensões. Ou seja, um propulsor secundário, compacto, e de baixa vibração, com o grande objetivo de estender a autonomia da bateria de um qualquer carro elétrico.
Sim, estamos a falar de um motor a combustão, de alta eficiência, neste caso, com 2 cilindros. Que de forma muito resumida, iria trabalhar como gerador para a bateria. Curiosamente, foi com este tipo de motor, que a Porsche, uma outra construtora do mesmo grupo, venceu várias competições, como a Le Mans em 1998 (911 GT1).
Entretanto, apesar de parecer muito interessante, esta estratégia nem é uma grande novidade no mundo elétrico. Isto, apesar do facto de nunca ter chegado ao mercado propriamente dito.
Ao fim ao cabo, recentemente, a empresa austríaca Obrist desenvolveu um motor 1.0, também ele de dois cilindros, para um Tesla Model 3, para servir como extensor de alcance. Em suma, a empresa meteu o motor, compacto, na mala dianteira, e posteriormente, uma bateria de 17.3 kWh no lugar da bateria original.
Este ‘pacote’, foi capaz de alcançar uma autonomia de 1000 quilômetros, ou seja, o dobro da versão original do Model 3. Com várias afirmações da empresa, que esta solução é mais eficiente, e mais barata, do que carregar a bateria original.
Para terminar, é preciso clarificar que isto é apenas uma patente, e que ninguém faz ideia se tudo isto se poderá transformar num produto a sério no mercado automóvel. Especialmente nesta altura do campeonato, em que está tudo focado nas solução 100% elétricas. Ainda assim, seria uma alternativa muito interessante, que poderia dar uma nova vida ao mercado dos híbridos. Não seria mais eficiente, ver um híbrido plug-in a funcionar desta forma, em vez de utilizar um motor a combustão, quando a bateria fica a zeros?
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Interessado num veículo elétrico com um pequeno gerador incluído? Será uma boa solução? Ou mais vale investir tudo o que temos na evolução da tecnologia que dá vida aos packs de bateria? Partilhe connosco a sua opinião nos comentários em baixo.
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