Se gostas de automóveis, especialmente daqueles recheados de tecnologia, muito provavelmente já deves ter ouvido falar do Volvo EX90. Este SUV elétrico da marca sueca (hoje em dia mais Chinesa do que Sueca) vem com tudo e mais alguma coisa para garantir segurança máxima. Porém, parece que também traz algo inesperado! Um dos sensores do sistema que dá vida às ADAS pode danificar as câmaras dos telemóveis que o tentem filmar.
Sim, leste bem. Há relatos a circular online, incluindo no Reddit, que mostram utilizadores a tentarem gravar vídeos do EX90 e… puf, queimaduras digitais nos sensores das câmaras, que claro está, não desaparecem.
Afinal, o que está a acontecer aqui?
O culpado é o sensor LIDAR
Para quem não sabe, o sensor LIDAR (Light Detection and Ranging) é aquele sensor “especial” que faz o mapeamento 3D à frente do carro, essencial para sistemas avançados de assistência à condução. O problema? O LIDAR do EX90 usa lasers de alta intensidade a 1550 nanómetros, um comprimento de onda seguro para os olhos humanos, mas não tão seguro para os sensores CMOS de algumas câmaras de smartphones.
Ou seja, ao apontares a câmara diretamente para um sensor LIDAR ativo, corres o risco de danificar permanentemente o sensor da lente. Isto ao queimar píxeis que depois aparecem em todas as fotos e vídeos.
Legal ou ilegal?
Mas isto pode ser legal? E as câmaras dos outros carros na estrada? E os radares? Já para não falar dos olhos humanos?
Segundo os especialistas, o sistema está homologado e é seguro para os olhos. Porém, não foi pensado para as lentes dos telemóveis, que são muito mais sensíveis a este tipo de radiação. Aliás, a própria Volvo já avisou… Não apontem câmaras diretamente para os sensores LIDAR dos seus carros.
Dito tudo isto, a realidade é que isto não será um problema no dia a dia. É preciso estar muito próximo e focado no sensor ativo para correr esse risco. É impossível filmar o carro a passar na rua, e ficar com um smartphone danificado.