O jogo Astro Playroom que vinha, e provavelmente continua a vir pré-instalado com todas as PlayStation 5, tinha o grande objetivo de demonstrar algumas das potencialidades da consola, mais concretamente do comando DualSense. Ou seja, na teoria, seria mais um tech demo do que um jogo a sério.
Mas não! Era e é um jogo a sério, e aposto que é um daqueles títulos, que até o mais casual dos jogadores se orgulha de ter platinado. Aliás, este deve ser o jogo mais jogado da minha PS5, porque o meu sobrinho está constantemente a pedir para andar a brincar no ambiente que a Team Asobi criou.
Isto é importante, porque o meu sobrinho pegou pela primeira vez na minha PS5 tinha 5 anos, e por isso, uma falta de jeito quase inacreditável para perceber como as coisas funcionam no ecrã da TV. Ainda assim, com Astro, era possível vê-lo a brincar, a pensar, e finalmente a perceber como as coisas realmente funcionavam.
Por isso, quando chegou o novo Astro Bot, instalei de imediato, e claro, entreguei o comando novamente ao “puto”. É incrível ver a evolução do jogo, e claro, o crescimento do meu miúdo.
(Review) Astro Bot: Um jogo que é lindo na sua simplicidade!
A Team Asobi pode ser ainda um nome desconhecido para alguns jogadores, mas o talento está todo lá, sendo exatamente por isso que tem vindo a ganhar fama como a criadora da mascote das consolas PlayStation. Afinal, apesar de ainda só ter aparecido em duas gerações de consolas Sony, Astro Bot é inegavelmente um jogo para míudos e graúdos, ao ser uma parte icónica no sistema PlayStation, sem ser necessário invocar nomes como Nathan Drake, Kratos ou Ellie.
Assim, como disse em cima, enquanto Astro Playroom se sentiu mais como uma simples brincadeira para mostrar as potencialidades da consola, este Astro Bot é inegavelmente um jogo mais a sério. Afinal, temos 80 níveis, temos murros, saltos, corridas, puzzles, colecionáveis, mecânicas completamente novas, etc… É todo um novo mundo para descobrir.
Jogo bonito, e por vezes até desafiador!
Caso não se lembre, Astro Bot é um jogo brincalhão, porém, é também um desafio que pode ser um pouco irritante por momentos.
Afinal, sem opções de dificuldade ou formas de mitigar danos, é muito comum ver um único golpe a fazer com que Astro Bot (o jogador) regressem ao ponto de checkpoint anterior, deixando para trás todas as moedas ganhas com dificuldade para serem recolhidas mais uma vez. Porém, felizmente, todos os colecionáveis ficam no seu bolso, não sendo assim obrigado a resolver puzzles que podem ser um pouco mais complicados.
Ainda assim, os pontos de checkpoint são numerosos, por isso, ter de repetir uma parte nunca é o “fim do mundo”. Não vai perder mais de 1 ou 2 minutos para repetir o cenário, esperamos nós sem mais nenhum “falecimento”.
Ou seja, Astro Bot pode ser um exercício de frustração, especialmente para os jogadores mais jovens como o meu sobrinho. Porém, é também uma forma de estimular, e de recompensar, quando o jogador não desiste.
Entretanto, é preciso salientar que tal e qual como no Playroom, Astro Bot usa e abusa das capacidades do comando DualSense. Aliás, podemos dizer que agora, com 4 anos de treino, vai ter de aproveitar ainda mais o comando para ultrapassar todos os desafios.
Gráficos e Jogabilidade
Ao nível dos gráficos, as coisas não está muito diferentes face ao Playroom de 2020, naquilo que é um jogo que não quer, nem precisa, de aposta em gráficos iguais à realidade. É mais brincalhão, é mais cartoon, e está tudo bem.
Ainda assim, os ambientes parecem ter agora uma outra atenção ao detalhe, e talvez mais importante que tudo isso, é o facto de tudo ser super fluído, e acima de tudo… Bonito. O jogo tem alma!
Quanto à jogabilidade, é como dissemos em cima, muito similar à de Astro Playroom, porém aqui com mais alguns extras.
Conclusão
Este é um jogo mais calmo, em que não tem de tentar viver uma história complexa e extremamente cinemática. É um jogo divertido, que vai conseguir meter um sorriso no seu rosto do princípio ao fim.
É também um projeto que pode muito bem significar que a ventura de Astro não chegou ao fim. Esperemos que a Sony continue a apostar em projetos como este, com menos seriedade, mas muito e bom divertimento.