Ninja Gaiden Shadow Warriors: os ninjas voltam ao Spectrum!

Finalmente terminou a competição ZX-Dev Conversions. A concurso foram jogos surpreendentes, mas o resultado final não foi assim tão surpreendente. Tal como esperávamos, Mighty Final Fight e este Ninja Gaiden Shadow Arriors arrebataram os dois primeiros lugares. Justamente, diga-se.

Antes de mais devemos avisar a navegação que este é um jogo apenas para 128K, senão aparece-vos a mensagem abaixo). Ficámos também maravilhados com o ecrã de carregamento, que abre o apetite para o jogo que se segue.

O jogo original apareceu para a plataforma Game Boy em 1991 e retrata um período anterior aos eventos do primeiro Ninja Gaiden, que na altura saiu para a NES. Controlamos Ryu Hayabusa, e temos como missão salvar a cidade de Nova York das forças do imperador Garuda. Este lança o seu exército no nosso encalço, incluindo cyborgs, lutadores de kickboxing, o ex-Coronel Allen e o nobre japonês Whokisai, entre outros, ao longo de cinco níveis repletos de adrenalina. E claro, no final de cada nível temos o respetivo guardião, cuja resistência aos nossos golpes vai aumentado à medida que vamos avançando na missão.

Para combater todos esses inimigos estamos munidos de uma espada, que apesar de ser curta obrigando-nos a chegar bem perto dos opositores, tem uma lâmina bem afiada e fatal ao primeiro toque (excepto para os guardiões, que necessitam de ser atingidos com muitos mais golpes). Mas também podemos recorrer à mágica, e nesse caso lançamos um raio mortífero para os nossos inimigos, sendo esta em número limitado, muito embora possamos ir carregando as reservas ao longo do caminho. De qualquer forma aconselhamos a guardá-la para os guardiões.

O primeiro nível é passado ao longo de um grande edifício e é relativamente fácil de se chegar ao guardião. Por um lado não existem assim tantos inimigos a ultrapassar, por outro o nível é curto. Além disso, o guardião é bastante previsível e, portanto, fácil de se evitar e contra-atacar.

No segundo nível já estamos dentro do edifício, com múltiplas plataformas e tapetes rolantes e a coisa complica-se. Alguns dos inimigos disparam contra nós (balas e fogo), e temos também que defrontar algumas máquinas voadoras. Mesmo assim, com alguma arte ainda se chega ao guardião, mas este está longe de ser pêra-doce. Ainda por cima tem um minorca como ajudante, que nos tenta agarrar, dificultando a nossa movimentação.

O terceiro nível é semelhante ao segundo, mas agora temos que lidar com mais plataformas,  armadilhadas com lançadores de fogo, além de existirem muitos mais inimigos. A certa altura somos puxados por um gancho para um novo conjunto de plataformas, numa sequência absolutamente divinal e que só por si é um motivo para aqui se tentar chegar. Quando alcançamos o guardião, temos que ter o cuidado de nos desviarmos da mira da sua arma, pois esta dispara rajadas de metralhadora.

No quarto nível naturalmente que o grau de dificuldade aumenta ainda mais, e até aqui só os melhores irão conseguir chegar. A certa altura deparamos-nos com um corredor onde a luz vai faltando (mais uma vez uma sequência fabulosa) e com os robôs inimigos a mandarem feixes de luz mortais. Depois de muito penarmos vamos encontrar um Pierrot, cujo leque é uma arma mortífera, e que ainda por cima tem a capacidade de voar.

E finalmente, depois de ultrapassarmos o guardião do nível anterior, atingimos o quinto e último nível, repleto de ninjas que nos tentam atingir com fogo e robôs que disparam lasers contra nós, enquanto vamos subindo por um elevador que nos deixa pouca margem de manobra para escapar. Se conseguirmos escapar incólumes a isto vamos encontrar o guardião final, que tem uma surpresa reservada para nós. Mas essa não vamos aqui desvendar.

Como já perceberam, este foi um jogo que nos encheu as medidas. Os gráficos são do melhor que já se fez para o Spectrum, fazendo-nos lembrar em alguns momentos Midnight Resistance, tal a profusão de cores que aqui vão encontrar. A música estão ao nível de tudo o resto, isto é, nota máxima. Se alguma coisa poderia haver a melhorar, talvez o sistema de scrolling, embora também seja apenas uma questão de hábito até nos habituarmos aos “saltos” dados por este.

Gratuito como todos os restantes jogos na competição (este é daqueles que seguramente merece ser lançado em formato físico), só temos um concelho a dar: corram a vir aqui buscar antes que esgote!

 

 

 

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André Leãohttp://planetasinclair.blogspot.pt/
Tive o meu primeiro computador em 1985, um TC 2048, que me iniciou na informática. Apesar de no final dos anos 80 ter definitivamente passado para os 16 bits, o bichinho do Spectrum e clones sempre ficou, até aos dias de hoje. Atualmente coleciono tudo o que tenha a ver com o Spectrum e vou estando a par das novidades deste mercado, sendo fundador do blogue Planeta Sinclair.

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