HDR, HDR10+, HLG, Dolby Digital, etc… Qual é a diferença?

Estou neste momento no mercado de TVs à procura de algo capaz de me oferecer uma boa qualidade de imagem, ao mesmo tempo que garanto uma performance de topo para a chegada da nova geração consolas. Mas… a missão não está nada fácil!

Afinal de contas, temos de considerar o tamanho da TV, a escolha entre o OLED, QLED, Full-Array LED, etc… Se a TV tem ou não portas HDMI 2.1, se tem suporte a VRR, suporte a 120Hz, e ainda os diferentes tipos de tecnologia HDR, que parecem ter tido os seus nomes escolhidos num jogo qualquer de sopa de letras.

Em suma, escolher uma TV no mercado atual é uma autêntica confusão. Por isso, depois de termos falado um pouco dos diferentes tipos de tecnologia de ecrã, vamos agora falar das diferenças dos muitos tipos de HDR que podemos encontrar no marketing das marcas.



HDR, HDR10+, HLG, Dolby Digital, etc… Qual é a diferença?

Portanto, gosta de sopa de letras? É que os vários nomes existentes para a tecnologia HDR vão certamente ajudar a passar o seu tempo, ao fim ao cabo, temos o Dolby Vision, o HDR10, HDR10+, HLG, Advanced HDR, HDR 10 Pro, e sabe-se lá mais o quê.

Sabe qual é a diferença entre cada um deles? Não? Vamos tentar perceber.

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O que é o HDR (High Dynamic Range)

Antes de mais nada, caso não saiba o que é o HDR (High Dynamic Range), é uma tecnologia capaz de aproveitar as capacidades de brilho das TVs modernas, para permitir a reprodução de conteúdo com maior fidelidade de cor e contraste.

Ou seja, o valor do alcance dinâmico (em nits), estabelece a diferença de brilho entre o ponto mais escuro e o mais claro que um ecrã é capaz de reproduzir. Assim, quanto maior for este valor, maior é o contraste da TV em questão.

Entretanto, em comparação com a mais comum das TVs, apenas capaz de oferecer o tradicional SDR (Standard Dynamic Range), o HDR conta com um valor de nits muito mais alto. Desta forma, é capaz de identificar os pontos com mais precisão, oferecendo um maior contraste, e mais definição em cenários escuros. O que claro está, irá resultar numa maior qualidade de imagem graças à fidelidade das cores.

Dito tudo isto, existem vários tipos de padrões HDR no mercado, que na verdade até são bastante parecidos. No entanto, as pequenas diferenças trazem algumas vantagens ou desvantagens que tem mesmo de ter em conta na compra de uma nova TV. Curiosamente, um filme Blu-Ray, ou conteúdo Netflix, pode ser compatível com um padrão (ou mais que um), mas deixar de lado outros.

1. Dolby Vision

Como já deve ter adivinhado pelo nome, o Dolby Vision é o padrão HDR proprietário da Dolby Laboratories, que até foi um dos primeiros a chegar às TVs lado a lado com o HDR10.

A tecnologia suporta um brilho padrão teórico de 10.000 nits, capaz de trazer para cima da mesa uma profundidade de cores de 12 bits, o que claro está, faz dele o HDR de maior qualidade do mercado na atualidade.

No entanto, todo esse poder tem um preço! A Dolby cobra royalties pelo o uso da tecnologia, por isso nem sempre é fácil encontrar suporte nas gamas ‘budget’.

2. HDR10

Caso não saiba, o HDR10 foi desenvolvido numa curiosa parceria entre a Sony e a Samsung! Sendo um formato pensado para o Blu-ray 4K, sendo depois suportado pela PS4 Pro, Xbox One S e Xbox One X.

Entretanto, é uma tecnologia capaz de oferecer brilho de 1.000 nits e profundidade de cores de 10 bits.

No entanto, o HDR10 não é bem “dinâmico”, visto que utiliza metadados fixos para fornecer informações de brilho, o que infelizmente resulta numa qualidade de imagem boa, mas abaixo do ideal. Assim, em cenários mais escuros, as cores ficam saturadas, enquanto no Dolby Vision, os metadados são dinâmicos e por isso, o brilho se ajusta ao que está a acontecer no ecrã.

Mas claro está, ao contrário do Dolby Vision, o HDR10 é código aberto e gratuito, podendo ser usado por qualquer fabricante.

3. HDR10+

O padrão HDR10+ é basicamente o passo seguinte na parceria entre a Sony e Samsung, para tentar chegar a algo capaz de bater o Dolby Vision

Existindo apenas e só para corrigir a falta do mapeamento dinâmico de cores do HDR10, corrigindo assim o contraste automaticamente de uma cena para outra. No entanto, o formato permanece com os mesmos valores de brilho e profundidade de cor da geração anterior, 1.000 nits e 10 bits.

Também é um formato aberto.

4. HLG

O HLG, sigla de Hybrid Log Gamma, uma tecnologia criada pela BBC e NHK. Trazendo um grande foco para a transmissão ao vivo (não estamos a falar de streaming nem de home video)

Dito isto, ignora metadados para o cálculo de brilho, deixando o ecrã escolher o que fazer. Curiosamente, funciona em ecrãs SDR.

5. Advanced HDR

O Advanced HDR é uma tecnologia da Technicolor, com três sub-padrões distintos de HDR.

  • SL-HDR1: Usa o HLG como base, sendo focado nas transmissões de TV; (compatível com ecrãs SDR)
  • SL-HDR2: Similar ao HDR10+ e Dolby Vision; (conta com metadados para o mapeamento dinâmico de tons)
  • SL-HDR3: Versão melhorada do SL-HDR1; (introduz metadados para ajuste dinâmico de tons no ao vivo)

HDR Pro (HDR 10 Pro ou HLG Pro)

O que é o HDR Pro? Muito basicamente, é o algoritmo proprietário da LG para adaptar de forma dinâmica conteúdo com ou sem metadados.

Dito isto, nas TVs mais recentes (modelos depois de 2018), a LG deixou de utilizar o termo HDR Pro para utilizar HDR 10 Pro ou HLG Pro, retirando algumas das especificidades das tecnologias que já explicamos em cima. (HLG não usa metadados, enquanto o HDR 10 pode ou não usar)

Curiosamente, o algoritmo da LG discarda quase sempre os dados, para basicamente ‘adivinhar’ a melhor solução consoante o que se está a passar no ecrã.

6. Cinema HDR

O Cinema HDR é basicamente o termo da LG para dizer que inclui suporte a quatro standards HDR, onde podemos incluir o Dolby Vision, Advanced HDR, HDR10 Pro e HLG Pro.


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Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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