Como já havíamos referido no artigo, Bitcoin: O que é? Quanto vale? Como se obtém existe um movimento muito grande no mundo da critpomoeda, chamado de “mining”. É algo que também está referido no especial a melhor placa gráfica de 2017. Apenas 2 das 9 placas gráficas em destaque são AMD e mesmo essas têm uma nota a dizer que o preço está muito inflacionado devido ao “mining”. Na verdade quase todas as placas da lista têm o preço inflacionado, mas as que sofrem mais são mesmo as da AMD, devido ao seu baixo preço e baixo consumo energético.
Qual a principal razão?
A resposta é simples e deve-se ao aumento da popularidade do mining de Ethereum!
O que é o Ethereum ?
De forma muito simples, o Ethereum é uma plataforma de software aberta, baseada na tecnologia de cadeia de blocos, que permite aos programadores construirem aplicações descentralizadas.
O Ethereum é parecido com o Bitcoin? Mais ou menos (mais para menos).
O Ethereum utiliza uma cadeia de blocos muito semelhante ao Bitcoin, mas a sua plataforma é Turing-completa, por isso é chamada de cadeia de blocos programável. Isto quer dizer que pode ter funcionalidades mais avançadas e que podem ser programadas novas aplicações por cima desta plataforma, incluindo novas critpomoedas.
Isto é o oposto do Bitcoin, que tem apenas uma função, ou seja, facilitar as transacções numa rede ponto a ponto (Peer-to-Peer).
Apesar do Bitcoin ter sido pioneiro em usar o poder da cadeia de blocos, as suas limitações em termos de funcionalidades têm criado alguns problemas para a moeda. É exatamente isto que está a fomentar o surgimento de novas plataformas como esta.
Como já devem ter adivinhado, o Ethereum dá-se muito bem no mining com GPUs…as nossas placas gráficas!
Mas porque razão os “miners” conseguem ter bom desempenho a minar “Ether” com placas gráficas, mas não Bitcoins?
Tem tudo a ver com o algoritmo desenhado para o Ethereum, resistente a ASIC – circuitos integrados de aplicação especifica -, chamado de Ethash.
Este algoritmo foi pensado para usar intensivamente a memória das placas gráficas, com o intuito de desencorajar o uso de processadores e o desenvolvimento de mais ASIC’s.
A emergência da cripto-moeda e a popularidade cada vez maior do Ethereum fez com que o mercado de GPUs sofresse um impacto nunca antes visto!
Os stocks desapareciam em minutos e os preços oscilavam como uma árvore no meio de uma tempestade.
Isto está um pouco mais calmo agora, mas 2017 foi louco, e quem sentiu mais foi a AMD.
O preço do Gaming (ou do Mining)
Felizmente para os entusiastas, o stock melhorou muito nos últimos 2 meses.
As Nvidia GeForce GTX1060 e 1070 que estiveram esgotadas durante todo o mês de Junho e Julho já se encontram em quase todas as lojas, ainda assim com preços um pouco mais altos do que o recomendado.
No entanto ainda é difícil encontrar placas da AMD e mesmo quando conseguimos, o preço está ainda muito acima do normal.
Os preços da RX 570 e RX 580 estão significativamente mais altos do que o recomendado, com modelos a atingir o dobro do preço normal. Por isso não são o melhor investimento para quem quer montar um computador. Até as novas AMD RX Vega foram afetadas por este fenómeno. Desde o seu lançamento, têm sido quase impossíveis de encontrar. Isto já para não falar que a Vega 56 devia ter saído a 399€, e devido a tudo isto, a mais barata no lançamento encontrava-se a rondar os 500€.
Os gamers que não desesperem, as coisas vão acabar por melhorar!
Enquanto esperamos que esta onda passe, marcas como a Asus, Sapphire, entre outras decidiram desenvolver GPUs focados para o “mining”.
Pode ser que isto ajude a que consigamos montar um PC e continuar com ambos os rins no nosso corpo.
Este fenómeno está a acabar, ou está apenas a começar ?
A grandes questão na cabeça dos entusiastas é quando é que isto vai acabar. Infelizmente, é algo que para o qual ainda não temos resposta.
Parece que alguns fabricantes esperam que esta loucura continue, visto que já começaram a desenvolver placas especializadas para o “mining”. Isto pode ajudar a acalmar o stock e os preços, mas provavelmente será pouco para acabar com este fenómeno.
Concluindo, isto irá continuar até que o interesse no “mining” de criptomoeda baixe, algo que eventualmente pode nunca acabar por acontecer.
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