O mundo dos chips é visto por muitos como uma autêntica corrida ao ouro. Desenvolver novos processos de produção é complexo, é caro, e por isso mesmo é demorado. Mas quem chega primeiro… Tem as chaves para o tesouro.
É exatamente por isso que andamos a ver China, EUA, Coreia e Taiwan a disputarem a liderança no que toca à inovação e produção. Aliás, quando se fala de guerra a sério nos tempos que correm, o tema de China vs Taiwan vem sempre ao de cima.
Porém, agora, a China parece ter dado um passo decisivo! Algo que não só pode abalar o domínio do silício, como também mudar para sempre a forma como olhamos para os microprocessadores.
China prepara avanço tecnológico capaz de abalar o mundo dos chips!
Portanto, investigadores da Universidade de Pequim anunciaram a criação de um transistor completamente livre de silício, baseado num material chamado bismuto oxisseleneto. Isto pode parecer só mais uma palavra complicada, mas na prática, estamos a falar de algo mais fino, mais flexível, e capaz de conduzir eletrões a velocidades muito superiores às do silício.
O que por sua vez significa que estamos perante algo completamente revolucionário.
Além disso, e para oferecer ainda mais vantagens, este novo transistor envolve totalmente a zona do emissor, ao contrário dos transistores tradicionais que só o cobrem parcialmente. Isto permite controlar muito melhor a corrente elétrica e reduzir perdas de energia. Isto significa o que? Desempenho muito superior, e claro, um consumo energético mais baixo.
Qual é a diferença?
Segundo os cálculos dos investigadores, chips baseados neste transistor podem ser até 40% mais rápidos do que os melhores chips de silício atuais. Curiosamente, a gastar menos 10% de energia.
Entretanto, vale a pena dizer que este avanço não é apenas uma vitória técnica, é também um movimento estratégico.
Afinal, num contexto global onde a China enfrenta restrições pesadas no acesso a chips baseados em pantentes norte-americanas, a aposta em transistores sem silício pode abrir portas a toda uma nova independência tecnológica. Aliás, pode dar a vantagem à China, o que seria muito interessante de se ver.
Claro que, por agora, estamos apenas na fase de investigação. Mas, a ganhar importância, vai mudar tudo. Estamos cá para assistir!