Os preços dos chips da Qualcomm e da MediaTek não param de subir. De facto, o preço de toda a tecnologia está consistentemente a subir, o que não é obviamente uma boa notícia.
Tudo muito devido à perseguição por processos de produção mais avançados, o que obriga marcas como a Xiaomi a pagar mais… e depois a passar a conta “extra” aos consumidores. Porém, indo contra a maré, a gigante chinesa parece farta de depender dos outros. O que significa isto? Vai apostar tudo no desenvolvimento de chips próprios.
Aliás, a nova divisão já está ativa e em andamento, e quem vai liderar o projeto é Qin Muyun, um ex-diretor sénior da própria Qualcomm. Um claro sinal de que a Xiaomi quer levar isto a sério.
Xiaomi quer autonomia total! Começa pelo início… Que são os chips!
A ideia de desenvolver componentes in-house não é nova para a Xiaomi. Mas desta vez o foco é claro: criar um SoC (System-on-Chip) completo, potente e competitivo. Algo que retire, aos poucos, a dependência dos fornecedores externos. Genial! Visto que, com o tempo, tudo isto permite controlar melhor os custos e o desenvolvimento dos seus produtos.
Segundo as informações mais recentes, a Xiaomi até já completou o tape-out de um chip a 3nm. Mas, o plano mais imediato parece ser começar por algo mais acessível: um SoC de 4nm, baseado em núcleos ARM, e com performance semelhante ao Snapdragon 8 Gen 1.
Nada de núcleos próprios para já, nem sequer parece existir grande vontade de ir atrás de chips mais potentes. Um bom ponto de partida para treinar a equipa e ganhar experiência.
Primeiros passos… mas com ambição!
Esta nova equipa vai reportar diretamente ao CEO Lei Jun, o que mostra a importância estratégica deste projeto. Aliás, tudo indica que o tal SoC de 4nm será lançado ainda em 2025, com produção a cargo da TSMC, provavelmente no processo N4P, que é uma versão refinada dos 5nm originais.
Vale a pena?
Desenvolver um chip de raiz é caro, arriscado e demora (muito) tempo. Mas os benefícios são óbvios: mais controlo, menos custos a médio prazo e diferenciação real face à concorrência.
A Samsung tem os Exynos, a Google tem os Tensor, a Apple tem os seus A e M. A Xiaomi… Também quer entrar no clube!