(Análise) Xiaomi Redmi Note 11 Pro: Quase topo de gama!

No ano passado, ficámos maravilhados com o Redmi Note 10 Pro, um aparelho capaz de conjugar especificações técnicas muito interessantes, com um preço extremamente aliciante. Para nós, na Leak.pt, foi o smartphone que mais vezes recomendámos, para quem tinha um orçamento entre os 200€ e 250€.

Sim, era barato, sim, era simples, mas também tinha alguma magia! O que levanta a questão… Então e o seu sucessor? As expetativas eram altas, e a Xiaomi sabia disso! Foi capaz de cumprir? Vamos tentar perceber.

(Análise) Xiaomi Redmi Note 11 Pro: Quase topo de gama!

Portanto, na minha opinião, a Xiaomi percebeu o sucesso do Redmi Note 10 Pro do ano passado, e por isso, decidiu apostar um pouco mais no novo Note 11 Pro. Isto resultou num aparelho aparentemente mais interessante, mas infelizmente, um pouco mais caro.

Além disso, no meio de tantos Redmi Note 11, é um aparelho que também acaba por perder um pouco da magia que mencionei em cima, pelo simples facto de ser melhor, mas não vastamente melhor. Ao fim ao cabo, as câmeras secundárias não significam um salto qualitativo face ao que podemos encontrar no Note 10 Pro do ano passado, e ao utilizar um Snapdragon 695, perde a captura de vídeo em 4K, e também o suporte a conteúdo HDR, algo que não fez muito sentido, num aparelho à volta dos 400€, em Portugal.

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Em suma, é bom, mas ou era mais barato, e saltava mais à atenção dos consumidores, ou mantia o mesmo preço, e apostava um pouco mais nas especificações, mais concretamente na qualidade das câmeras, ou no CPU.

Mas vamos por partes.

Design

Portanto, normalmente, digo sempre que se por acaso quiser um aparelho mais tradicional, é sempre boa ideia procurar nas gamas da Xiaomi propriamente dita, e não nas suas submarcas. Ainda assim, com a gama Redmi Note 11, temos inegavelmente aquilo que é a linha de design Xiaomi para 2022. Por isso, temos um aparelho com linhas simples, mas inegavelmente bonito, para qualquer que seja o tipo de utilizador.

Dito isto, até na qualidade de construção estamos bem servidos, graças à introdução de uma traseira de vidro, em vez do cada vez mais normal plástico, no mundo Android. No entanto, ao contrário do ano passado, temos aqui um design mais ‘quadradão’, em vez de curvo, o que potencialmente poderá afetar o conforto, dependendo do utilizador. Na minha utilização, não foi problema, especialmente porque é um aparelho leve, com os cantos arredondados, e claro, com apenas 8.1mm de espessura. É leve, é bonito, e para mim, bastante confortável para o dia-a-dia.

Ainda no campo do design, temos entrada para headphones, e sim, uma entrada para dois cartões SIM, ou um cartão SIM e um cartão SD. Curiosamente, o IR Blaster continua a marcar presença, ou seja, pode continuar a ligar ou desligar TVs, ou Projetores, no seu café preferido, ou numa qualquer aula na sua faculdade.

Entretanto, no campo da impressão digital, não a vai encontrar debaixo do ecrã OLED, à semelhança de outros aparelhos da Xiaomi, este sensor está no botão Power.

Para terminar, temos colunas stereo, o que não só ajuda a viver um pouco mais as nossas músicas favoritas, como também aumenta o nível quando o tema é jogar, ou ver conteúdo multimédia de alta qualidade.

Ecrã

O ecrã foi um dos grandes pontos positivos do Redmi Note 10 Pro do ano passado, como tal, este ano, a coisa teria de manter o mesmo nível, ou elevá-lo. Pois bem, dito tudo isto, o ecrã é muito similar, ao oferecer uma resolução de 2400 * 1080, e capacidade de chegar aos 120Hz, num painel OLED de 6.67”.

Não é um ecrã digno de um topo de gama, visto que o HDR acabou por ficar na gaveta da Xiaomi, mas verdade seja dita, para a grande maioria dos utilizadores, não fica muito atrás, especialmente no campo do brilho. Aliás, até temos acesso a uma funcionalidade, automática, que aumenta o brilho de forma muito significativa, em ambientes mais extremos, como em dias mais solarengos.

No entanto, no campo da poupança, a taxa de atualização de frames apenas baixa para os 60Hz, e não para os 11Hz ou 1Hz, como outros aparelhos mais avançados.

Em suma, apesar das suas limitações, ecrã é muito bom, para esta gama de preços.

Câmeras

  • Câmera principal: 108MP (Samsung HM2)
  • Câmeras secundárias: 8MP (Ultrawide) + 2MP (Macro)

Infelizmente, com o aumento de preço, não temos um aumento muito significativo na qualidade de captura de imagem, comparativamente ao ano passado.

O Redmi Note 11 Pro é obviamente capaz de fotos boas, contudo, parece que fica sempre a faltar o efeito ‘WoW! Esta foto ficou brutal!”. O que muito se deve ao facto do hardware que dá vida ao módulo de câmeras, não ser nada do outro mundo. Acredito, que mesmo com as restantes limitações, com sensores mais poderosos, e mais avançados, este aparelho poderia trazer alguma da magia que o Redmi Note 10 Pro trouxe para as prateleiras, antes de si.

Mas como uma imagem vale mais que 1000 palavras, veja algumas das fotografias que consegui capturar:

As fotos parecem demasiado baças, e com poucos detalhes em sítios críticos.  Ora veja a mesma foto, capturada a partir de um S22 Ultra.

Apesar deste problema com as paisagens, o Redmi Note 11 Pro é inegavelmente muito bom no dia-a-dia, especialmente em proximidade de objetos e ou animais, como pode ver em baixo:

Parece ser um problema do processador também, mais concretamente do ISP, visto que o Xiaomi 11T Pro usa o mesmo sensor principal, no entanto, o seu processamento de imagem é obviamente muito superior.

Performance

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O Redmi Note 11 Pro 5G já traz acesso às redes de nova geração 5G, bem como um aumento de performance em toda a linha, mas será o suficiente?

O Redmi Note 10 Pro do ano passado, era um bom telemóvel, mas não é novidade para ninguém que de vez em quando, tínhamos alguns soluços um pouco chatos.

O novo Redmi Note 11 Pro 5G vem resolver isso, mas não a 100%. Visto que o Snapdragon 695 5G não é nada mais que um processador ‘decente’ de gama média, e não um fora de série como é o Snapdragon 860 ou o mais poderoso 870. Para ter noção, o Snapdragon 765G, com 2 anos em cima, tem uma performance muito similar a este Snapdragon 695.

Ainda assim, para as tarefas mais mundanas do nosso dia-a-dia, é um processador que não compromete de maneira nenhuma. Sendo também capaz de fazer um brilharete em alguns jogos.

Bateria

Ora aqui está algo em que o Redmi Note 11 Pro 5G brilha, graças à sua bateria de 5000mAh, e claro, carregador de 67W incluído na caixa. Isto, na prática, significa que temos um aparelho capaz de oferecer um dia de utilização, sem qualquer problema, mesmo que seja um utilizador exigente. Se for um utilizador menos exigente, chegar aos 2 dias, não é de todo uma tarefa muito difícil.

Dito isto, em termos de carregamento, 35% de bateria são alcançáveis em apenas 10 minutos, com quase 50% em 15 minutos.

No entanto, como estamos na gama média, não há carregamento sem fios para ninguém.

Conclusão

Em suma, ao chegar a um preço mais alto, o Redmi Note 11 Pro 5G parece ter perdido um pouco da magia do passado. Ainda assim, é um gama média extremamente competente, num mercado, em que infelizmente, todos os gama média encareceram… Muito…

No entanto, ao preço deste aparelho, acho que preferia pelo menos dar uma vista de olhos ao Xiaomi 11T Pro, ou POCO F3. Ambos aparelhos da mesma fabricante, com hardware base um pouco mais interessante.

Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Aparelho interessante, ou a Xiaomi tem de se esforçar mais um pouco? Partilhe connosco a sua opinião nos comentários em baixo.

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Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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