Caso não saiba, a Intel convidou muito recentemente dois overclockers conhecidos mundialmente para tentar levar um processador aos 9 GHz. Estamos a falar de Pieter-Jan Plaisier (SkatterBencher) e Sandström (ElmorLabs). A ideia era ultrapassar uma “parede” que foi atingida há mais ou menos 17 anos.
Uma missão bem sucedida! Mas que demonstra o estado atual do mercado.
A era dourada do Overclock acabou. E agora?
Portanto, hoje em dia, qualquer processador já tem modos de OC automático, alguns deles até dependentes do sistema de refrigeração do seu computador. Aumentar a frequência para números “loucos” já não é de todo uma novidade ou algo de especial. Aliás, elevar as frequências hoje em dia já não é tão fácil como antigamente, porque as próprias fabricantes já levam os materiais ao limite, sendo exatamente por isso que os overclockers profissionais têm de usar o melhor hardware, bem como soluções de refrigeração levadas ao extremo, como é o nitrogénio líquido.
Dito tudo isto, na história, o primeiro processador a chegar ao 1GHz foi o AMD Athlon 650 MHz, isto em 1999. Entretanto, para chegar ao nível seguinte (2 GHz), foram precisos 14 meses. Depois, para chegar aos 3 GHz, foram precisos outros 9 meses. A barreira dos 4 GHz foi ultrapassada em 2002, e 16 meses depois, fomos até aos 5 GHz. Curiosamente, nenhuma destas frequências impressiona nos dias que correm.
Entretanto, na altura em que as fabricantes ainda apostavam em processadores com apenas um núcleo de processamento, e a corrida continuava nos GHz, tivemos overclockers a aproveitar os Intel Pentium 4 para chegar aos 6 GHz, 7 GHz e 8 GHz no espaço de 3 anos. Passados mais de 15 anos, tivemos um Intel Core i9-14900KS a ultrapassar os 9.117 MHz. Um número que deverá permanecer como recorde durante mais tempo, visto que estamos a chegar ao limite daquilo que os materiais são capazes de oferecer.
Os processadores não melhoraram desde 2000?
Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Há muito que a frequência deixou de significar “tudo” num processador. Aliás, é exatamente por isso que todos os processadores estão a mudar para uma mistura de núcleos de processamento diferentes, para se tornarem, ao mesmo tempo, mais eficientes e poderosos.
Em suma, o que mudou foi mesmo o OC. A sua era dourada chegou ao fim, e provavelmente já não volta.
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