É um dos maiores pesadelos de quem usa o smartphone: ter alguém a ler as nossas conversas privadas. O pior é que, no WhatsApp, isso é muito mais fácil de acontecer do que imaginas e não precisa de hackers nem de códigos complexos. O WhatsApp é a app de comunicação mais usada em Portugal e, por causa disso, é também o alvo principal de curiosos e pessoas mal-intencionadas. Se costumas usar o WhatsApp Web no computador do escritório, ou se por acaso deixaste o teu telemóvel desbloqueado em cima da mesa num jantar de amigos, podes estar em risco e alguém andar a ler as tuas mensagens.
Atenção ao WhatsApp: vê já se alguém anda a ler as tuas mensagens!
Entretanto existe uma forma muito simples de alguém “clonar” o teu acesso e receber tudo o que tu recebes, em tempo real. Mas a boa notícia é que também é muito fácil descobrir se isso está a acontecer e cortar o mal pela raiz.
Vê aqui como verificar se tens um “espião” na tua conta.
O perigo dos “Dispositivos Associados”
Antigamente, o WhatsApp só funcionava num sítio de cada vez. Hoje, a funcionalidade Dispositivos Associados (Linked Devices) é fantástica para a produtividade, permitindo ter a conta aberta no PC, no tablet e no telemóvel ao mesmo tempo.
O problema é que esta funcionalidade é silenciosa. Assim se alguém pegar no teu telemóvel por 10 segundos, consegue ler um código QR noutro computador e criar uma “sessão fantasma”. A partir daí, essa pessoa pode ler as tuas mensagens, ver as tuas fotos e ouvir os teus áudios sem que o teu telemóvel toque ou dê sinal.
Como descobrir se estás a ser espiado
Felizmente, o WhatsApp mantém um registo detalhado de quem está ligado à tua conta. Segue estes passos para fazeres uma auditoria de segurança agora mesmo:
Abre o WhatsApp no teu telemóvel.
Se tens um Android, toca nos três pontinhos no canto superior direito. Se tens um iPhone, toca na roda dentada das Definições em baixo.
Procura e toca na opção Dispositivos associados.
Analisa a lista com atenção
Agora vais ver uma lista de todas as sessões ativas. É aqui que tens de ser detetive. O WhatsApp diz-te:
O tipo de dispositivo (ex: Google Chrome (Windows), MacOS, etc.);
A hora da última atividade.
O que deves procurar?
Entretanto, se vires, por exemplo, um “Google Chrome” ativo à 1 da manhã, quando estavas a dormir, é um sinal vermelho. Se vires um dispositivo “Linux” e tu só usas Windows, é outro sinal de alerta.
Encontrei algo estranho. E agora? Assim se vires um dispositivo que não reconheces ou uma sessão antiga que já não usas, não arrisques.
Entretanto toca em cima do nome do dispositivo suspeito.
Carrega no botão vermelho Terminar sessão (Log out).
Assim que fizeres isto, o acesso desse intruso é cortado instantaneamente. Se a pessoa estiver a olhar para o ecrã naquele momento, a janela vai fechar-se e pedir um novo código QR.
Como evitar que aconteça novamente
Para garantires que ninguém volta a fazer isto, deves ativar a proteção biométrica para ligar novos dispositivos.
Assim vai às Definições do WhatsApp.
Entra em Privacidade.
Ativa o Bloqueio de ecrã (ou verifica as opções de segurança, dependendo da tua versão).
Desta forma, sempre que alguém tentar associar um novo computador ao teu WhatsApp, a app vai exigir o teu FaceID ou a tua impressão digital, mesmo que o telemóvel já esteja desbloqueado.
Verificaste a tua lista? Tinhas lá algum dispositivo “fantasma”? Partilha connosco nos comentários!
