Há muita gente a achar que a batalha contra a pirataria se resolve só com bloqueios de sites e com a retidada de servidores do ar. Não resolve. O IPTV Pirata, especialmente no lado do futebol, mexe com muito dinheiro. Talvez… demasiado dinheiro.
É por isso que quando um serviço desaparece, aparecem outros prontos a ir buscar os clientes que ficaram sem serviço.
Isto chegou ao ponto, em que algumas regiões têm mais subcritores a serviços piratas, do que a serviços legítimos, e segundo a minha experiência, em Portugal a história não deve ser muito diferente.
Temos ordenados baixos, e coisa bem mais importantes onde gastar o dinheiro. Por isso, seja por comodismo, ou porque fica a ideia de que existe um nível de impunidade extremo em Portugal, muito boa gente contrata um serviço anual de 50€ ou 60€, e está feito.
Aliás, basta perguntares a amigos ou familiares, para ter uma ideia de até onde já chega a “teia”.
Mas… Quando a pirataria fica acessível a todos, é quando as regras do jogo mudam. Vamos ser dos últimos a mexer, mas quando mexer, é para todos.
Vai começar a caçada ao IPTV pirata em Portugal. É uma questão de tempo
A lição que vem da última grande operação é simples e esclarecedora. Se queres acabar com o negócio, atacas o dinheiro. E quando os donos do dinheiro começam a cair, os serviços somem num ápice.
O que aconteceu lá fora (e que nos interessa)?
Uma operação internacional coordenada a partir da Argentina derrubou dezenas de plataformas de streaming pirata que serviam milhões de assinantes no Brasil e na América Latina. Serviços com nomes conhecidos pelos utilizadores de TV Box foram retirados do ar e o rombo financeiro foi sério.
Isto não foi apenas apagar sites. Foi encontrar o centro de operações, seguir o rasto dos pagamentos, identificar quem recebia o dinheiro e quais intermediários garantiam o suporte técnico e a infraestrutura. Resultado? Caiu tudo.
Por que isso é importante para Portugal?
Essa operação esclareceu quem já anda a lutar na Europa, e vai dar outras armas.
Em Espanha, a LaLiga já se anda a mexer há vários meses para meter um travão na pirataria, e em Portugal, onde se fala muito sobre a renovação dos direitos televisivos, algo terá de ser feito.
Aliás, em Portugal, não duvido que as mesmas lições estejam a ser estudadas. As autoridades europeias e os grupos da indústria trocam informação, e a cooperação transnacional que vimos na operação da Argentina será, muito provavelmente, replicada por quem quer defender direitos de autor e receitas de transmissão.
Ou seja, não há fumo sem fogo! Se há coordenação entre ligas, detentores de conteúdo e polícias internacionais, é plausível que o foco deixe de ser só o site e passe a ser a cadeia financeira que alimenta o negócio.
O que isso significa para quem usa IPTV pirata?
Não vais ser imediatamente apanhado por um polícia a bater à porta só por veres futebol numa box, mas, talvez seja boa ideia começares a proteger o teu sistema daquilo que há-de vir.
Antes de mais nada, se queres continuar nesta vida, usa VPN. Não pode ser uma qualquer, porque existem vários serviços que não se importam de dar os teus dados caso estes sejam requisitos. Pesquisa e encontra o melhor serviço possível.
Também não creio que alguém vá preso, mas sistemas de multas é muito provável.
Conclusão
A bola está no ar. Em Portugal, a mudança de tática é mais uma questão de tempo do que de “se”. Se dependes de IPTV pirata, prepara-te para uma fase complicada: serviços a desaparecerem, pedidos de reembolso sem resposta e, potencialmente, investigações que não se ficam apenas pelos servidores.
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