Todos os telemóveis, incluindo o iPhone que é o smartphone mais popular à face da terra, emitem ondas de rádio (RF) para comunicar com as antenas das operadoras.
Estas mesmas ondas pertencem ao grupo da radiação não ionizante, o mesmo tipo usado em micro-ondas, routers Wi-Fi e rádios FM. Sendo aqui que muita gente começa a ficar preocupada: afinal, radiação é radiação, certo?
Sim mas também não. Há uma diferença gigantesca entre o tipo de energia que o iPhone emite e aquela que, por exemplo, pode causar danos reais no corpo humano, como a radiação ionizante (raios X ou radiação nuclear).
O que dizem as autoridades?
As agências de saúde e telecomunicações mais importantes do mundo, incluindo a FCC (EUA) e a FDA, já analisaram este tema exaustivamente, e a conclusão é sempre a mesma. Não há qualquer evidência científica que ligue o uso de telemóveis ao aparecimento de cancro ou a outros problemas de saúde.
Nas palavras da própria FDA:
- “A análise dos dados disponíveis não demonstrou qualquer relação entre a exposição à energia de radiofrequência proveniente dos telemóveis e efeitos negativos na saúde, dentro dos limites definidos pela FCC.”
Ou seja, sim, o iPhone emite radiação, mas a níveis tão baixos que não representam perigo.
Quanto emite realmente um iPhone?
Para medir a radiação de um dispositivo, existe um valor chamado SAR (Specific Absorption Rate), que indica a quantidade de energia absorvida pelo corpo humano, expressa em watts por quilograma (W/kg).
O SAR é medido em dois cenários:
- Head SAR: quando o telefone está junto à cabeça.
- Body SAR: quando está junto ao corpo, por exemplo, no bolso.
De acordo com os dados oficiais da Apple, os iPhone 17 registam valores máximos de 1.19 W/kg (cabeça) e 1.49 W/kg (corpo). Ou seja, ambos muito abaixo dos limites legais.
- Limite da FCC (EUA): 1,6 W/kg
- Limite da UE: 2 W/kg
Isto significa que o iPhone está não só dentro da margem de segurança, como também bem distante de qualquer valor preocupante.
Se quiseres reduzir ainda mais a exposição
Se mesmo assim quiseres ficar mais descansado, a própria FCC recomenda algumas boas práticas:
- Usar o modo alta voz ou auriculares para afastar o telemóvel da cabeça.
- Enviar mensagens em vez de chamadas longas.
- Evitar dormir com o telefone encostado ao corpo.
A conclusão?
A verdade é simples: não, o teu iPhone não te está a irradiar até à morte.
A radiação existe, mas é minúscula, segura e regulamentada por normas internacionais bastante rigorosas. Há muitas razões para nos preocuparmos com os smartphones, como o tempo que lhes dedicamos ou os dados que recolhem sobre nós, mas a radiação não é uma delas.
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