Como estamos fartos de dizer, a Samsung gostava, aliás… Adoraria, não ter contar apenas e só com a Qualcomm para equipar os seus smartphones com processadores de topo. Mas, foi obrigada a tal!
De facto, a culpa é da própria Samsung, que continua com problemas graves no lado da produção, o que por sua vez tornou o Exynos 2500 em uma alternativa pouco viável para os primeiros lançamentos de 2025.
Porém, com a passagem do tempo, tudo indica que o seu novo dobrável Flip pode chegar ao mercado com um SoC Exynos em vez do muito mais caro Qualcomm Snapdragon Elite. A produção melhorou, e como tal, a Samsung já consegue ver a luz da lucratividade no fundo do túnel.
Samsung aposta no Exynos 2500 para o Z Flip 7. Está com medo?
A Samsung vai mesmo avançar com o lançamento do Galaxy Z Flip 7 já em julho, mas há uma surpresa que pode deixar alguns fãs desconfiados! Algo que pode ser visto como um problema, se porventura já está habituado a smartphones Samsung apenas e só equipados com processadores Qualcomm.
É que o novo dobrável não virá equipado com o Snapdragon 8 Elite! Mas sim com o processador Exynos 2500, desenvolvido e produzido internamente pela gigante Sul-Coreana.
Portanto, como deve imaginar, esta escolha não foi exatamente feita por motivos de desempenho, mas sim de custo. O Snapdragon 8 Elite é mais caro, e num mundo extremamente instável no lado económico, a Samsung quer reduzir os custos de componentes, mesmo que isso implique alguns sacrifícios na performance.
O problema?
As yields (taxas de produção sem defeitos) do Exynos 2500 estão atualmente entre os 20 e os 40 por cento. Ou seja, bem abaixo dos 60 por cento que a Samsung normalmente exige antes de avançar com produção em massa.
Algo muito interessante, porque, mesmo assim, a conta final sai mais barata do que usar o chip topo de gama da Qualcomm.
Entretanto, vale também a pena salientar que o Exynos 2500 é o único chip a usar o novo processo de fabrico de 3nm GAA da Samsung. Uma tecnologia que é inegavelmente interessante, mas que tem dado dores de cabeça à marca.
Mas, mesmo com dores de cabeça, esta aposta faz sentido porque vai servir como “laboratório” para o que vem a seguir. Ou seja, a futura geração de chips a 2nm, prevista para entrar em produção em grande escala já no segundo semestre de 2025.
Em suma, se tudo correr bem, a marca sul-coreana poderá finalmente fazer frente à TSMC no mercado global de produção de chips de última geração. Até lá, resta-nos esperar para ver se o Galaxy Z Flip 7 vai impressionar… ou desiludir.