Hoje em dia, é completamente normal elogiar e recomendar produtos AMD, sejam estes processadores ou placas gráficas, visto que a fabricante está agora forte nas duas vertentes. Afinal de contas, a Intel tem agora uma gigantesca pedra no sapato com o aumento da popularidade dos processadores Ryzen, isto enquanto a NVIDIA continua a ser a rainha e senhora do mercado, embora já tenha começado a ter mais alguns cuidados com aquilo que a sua velha rival consegue meter no mercado, depois dos lançamentos das RX 5700 XT e 5600 XT.
Contudo, é provável que existam algumas dúvidas na cabeça de alguns utilizadores menos conhecedores do mercado! Afinal de contas, o que andou a AMD a fazer nos quase 10 anos de domÃnio inegável da Intel?
Portanto, caso não saiba, a AMD esteve à beira da falência em 2013 (na verdade ainda está), depois do autêntico falhanço da sua arquitetura Bulldozer, e problemas nas linhas de produção de 28nm. Tudo isto enquanto os CPUs Intel Sandy Bride dominavam o mercado com uma facilidade extrema. Ou seja, os processadores AMD FX eram apenas uma solução super budget, não servindo de concorrência para a rival Intel.
Foi aqui que tivemos a entrada de Lisa Su e Mark Papermaster na equipa da AMD. Que por sua vez, decidiram re-organizar completamente a empresa!
O que claro está, resultou numa quebra ou corte completo de financiamento em departamentos considerados não essenciais (como o departamento responsável pelas placas gráficas Radeon), ao mesmo tempo que vários outros projetos foram cancelados, por simplesmente não existir grande esperança de se transformarem em produtos competitivos. (Exemplo: Processador hÃbrido AMD X86+ARM, Tecnologia dual-GPU, etc…)
Entretanto, as grandes apostas da nova liderança foram os APUs para o mercado mobile, e mercado de semi-condutores (chips para as consolas Xbox One e PS4), de forma a garantir que o dinheiro continuava a entrar de forma constante.
Quando as coisas estabilizaram, a empresa voltou a virar as suas atenções para o mundo dos processadores! No entanto… O dinheiro não abundava
A AMD teve de pegar nos recursos que tinha, utilizando-os de forma inteligente. Para isso, contratou o genial Jim Keller para começar o desenvolvimento da arquitetura que conhecemos agora como Zen, e que já nos deu 3 gerações de produtos fantásticas.
No entanto, até nesta jogada a AMD teve sorte! Ao fim ao cabo, os primeiros Ryzen baseados na arquitetura Zen 1 ficavam bastante aquém daquilo que a Intel oferecer no mercado na altura. No entanto, apostavam forte e feio no aumento de núcleos e threads, o que acabou por ser uma jogada extremamente inteligente, porque a Intel começou a ter problemas sérios nas suas linhas de produção, graças ao falhanço do seu processo de 10nm.
Assim, enquanto a AMD aumentava o número de núcleos, apresentando preços mais baixos que a rival. A Intel era incapaz de mudar de processo de produção, e por isso, ficou agarrada à mesma arquitetura Skylake… Ou seja, aumentos de núcleos de processamento não seria e continua a não ser uma tarefa fácil para a gigante azul.
No entanto, a sorte não dura para sempre! A AMD precisa de aproveitar a vantagem que tem!
Hoje em dia, a AMD está à frente! Mas se pensa que isto irá durar… Está muito enganado! A Intel tem recursos virtualmente infinitos, e muito talento nas suas equipas de engenharia. Assim, em 2021, o processo de 10nm já deverá estar operacional, e o processo de 7nm não deverá tardar depois disso.
Por isso, resta esperar que a AMD consiga aproveitar o avanço atual, para fortalecer as suas equipas de investigação e desenvolvimento, caso contrário a Intel vai voltar com muita força, e a AMD poderá acabar por voltar para o sÃtio de onde veio. Ao fim ao cabo, já existem rumores de arquiteturas Intel capazes de oferecer um aumento no IPC a rondar os 80%.
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