Ainda se lembra dos tempos em que 16GB ou 32GB parecia muito armazenamento num smartphone, sendo quase impossível de encher com música, fotografias ou vídeos. Pois bem, esses tempos já vão longe, e como tal, é preciso aumentar um pouco os níveis de exigência.
Isto é verdade tanto para o iPhone, como para todas as outras fabricantes. 128GB de armazenamento já não é suficiente para os tempos que correm, especialmente com a massificação da IA em tudo o que é smartphone moderno.
Os 128GB precisam de desaparecer do mundo dos smartphones
Portanto, apesar do facto de algumas fabricantes já não oferecerem modelos de gama alta com 128GB, a realidade é que isto ainda é o padrão para qualquer modelo base em 2025. Um bom exemplo está na Apple, que continua a oferecer modelos base com 128GB na gama iPhone 16.
- Nota: O novo iPhone 16E (SE 4) também deverá chegar ao mercado com 128GB.
Um número que até pode parecer alto, especialmente quando não foi assim há tanto tempo que a Apple andava a lançar versões do iPhone com 4GB ou 8GB de armazenamento interno. Mas é de facto pouco para a realidade atual.
O aumento da qualidade das câmaras está a resultar num aumento muito significativo do espaço que as fotografias e vídeos ocupam no armazenamento interno dos nossos aparelhos. As apps estão também cada vez mais evoluídas, e por isso maiores, e claro, como se isso não fosse suficiente, a presença de sistemas de IA complexos também está a roubar muita memória aos nossos smartphones, tanto no lado da RAM como também no lado do armazenamento interno.
Por exemplo, no lado do iPhone, o sistema Apple Intelligence já retira 7GB de espaço aos modelos compatíveis, e ao que tudo indica, é um número que só deverá aumentar à medida que a Apple vai adicionando mais e mais funcionalidades. Aliás, o próprio sistema operativo (iOS 18.3) já ocupa cerca de 6% do armazenamento livre disponível num iPhone de 128GB.
As fabricantes têm de deixar esta capacidade de armazenamento para trás, mesmo que isso implique baixar margens de lucro em cada unidade vendida. Os tempos mudaram, e o comboio não vai parar.