Como deve saber, as televisões estão maiores, mais brilhantes, e cheias de novas tecnologias incríveis, que não só melhoram a qualidade de imagem, como também acabam por transformar este aparelho em um autêntico computador no meio da sua sala. Mas, como também deve imaginar, todas estas novidades acabam por também pesar na fatura da luz.
Por isso, num mundo cada vez mais preocupado com a sustentabilidade e com a carteira, faz sentido perguntar: qual é a melhor escolha para gastar menos energia?
Portanto, se andas a planear comprar uma nova TV, seja esta OLED, Mini-LED ou LED “normal”, este artigo vai ajudar-te a perceber as diferenças, não só na tão importante qualidade de imagem, como também no consumo.
Mais brilho = mais gasto?
Quanto mais brilho e mais polegadas uma televisão tem, mais energia consome. Isto é simples de entender. Mas o tipo de painel faz toda a diferença. Por exemplo:
- LED tradicional: A retroiluminação está sempre ligada, independentemente do que estás a ver. Assim, mesmo dentro de uma cena toda preta, o painel vai continuar a gastar energia como se estivesses a levar com o sol na cara num dia de praia em Agosto.
- Mini-LED: melhora a base LED, usando milhares de LEDs mais pequenos. Isto permite zonas de escurecimento locais, o que não melhora efetivamente a qualidade de imagem, como também já reduz um pouco o consumo em cenas escuras.
- OLED: cada pixel emite a sua própria luz. Quando uma parte da imagem está preta, aqueles pixels estão 100% desligados. Aliás, em cenários mais escuros, o píxel pode não estar desligado, mas vai estar a passar menos voltarem. Resultado? Melhor contraste e potencial para consumir muito menos energia.
Mas… cuidado com o HDR!
Com a chegada dos conteúdos HDR (como o Dolby Vision ou HDR10+), a história complica-se. O OLED é teoricamente mais poupado, mas a exigência destas tecnologias de brilho para mostrar todos os detalhes leva o OLED a gastar tanto ou até mais energia que um Mini-LED em cenas muito claras.
Por isso, aquele mito de que o OLED é sempre o mais eficiente… depende. Em conteúdo escuro, sim. Em cenas muito brilhantes, nem por isso.
Quanta energia consomem na prática?
Segundo testes independentes, uma TV LED de 75 polegadas usada 5 horas por dia consome em média 131W. No lado do OLED, o número anda à volta dos 134W. Diferenças pequenas, mas que ainda assim existem. E claro, hoje em dia os preços da energia estão bem mais altos do que nos estudos iniciais.
Além disso, tens de contar com o desgaste natural. Os painéis OLED perdem brilho ao longo do tempo, o que pode levar o utilizador a aumentar manualmente o brilho… anulando as vantagens.
Queres poupar energia? Eis o que podes fazer!
- Ativar o modo de poupança de energia (eco mode)
- Desligar assistentes de voz e funções de atualização automática
- Usar sensores de luz ambiente para adaptar o brilho à sala
- Ver televisão num ambiente mais escuro para não precisares de tanto brilho
Etiquetas energéticas? Não te iludas
As classificações “A”, “B”, etc, são feitas em modos standard e com conteúdos SDR. Quando ligas o modo vívido ou HDR no máximo, a história muda logo de figura. Em HDR, todas as TVs gastam mais do que aquilo que a etiqueta promete.
Então… Qual é a melhor escolha?
A eficiência é apenas parte da história, e de facto, a diferença no consumo de energia não é significativa o suficiente para o prender a uma decisão. Sim, um OLED a “dar tudo” vai gastar mais 3 ou 4W de energia ao fim de algumas horas. Mas… O que ganha em troca pode valer isso e muito mais.
Assim, se queres qualidade de imagem e alguma poupança, OLED ou QD-OLED continua a o rei do mercado. Mas atenção, Mini-LED também é excelente em eficiência e qualidade de imagem, especialmente em cenas de muito brilho.
Comprar com cabeça continua a ser a melhor estratégia.