O iPhone 16e só chegou às lojas há cerca de cinco meses, e apesar de ter sido uma desilução aos olhos de muito boa gente, está a dar cartas. Ou seja, segundo dados da CIRP (Consumer Intelligence Research Partners), este modelo mais acessível representou 11% das vendas de iPhone nos EUA no seu primeiro trimestre completo.
Para teres ideia, o iPhone SE, no mesmo período do ano passado, ficou-se pelos 5%. É uma boa subida! Ou seja, é uma diferença significativa, ainda mais impressionante se pensarmos que o 16e é 100 dólares mais caro do que o SE na altura do lançamento.
Mas porquê este sucesso tão rápido?
O iPhone SE era barato… mas também pequeno e ultrapassado
Durante anos, a Apple tentou manter viva a ideia de um iPhone compacto e económico. Primeiro com o SE, depois com o iPhone mini. Mas a verdade é que o mercado não quis saber. As vendas foram sempre mornas, e o design antigo do SE (com Touch ID e margens gigantes) acabou por afastar muitos utilizadores.
Hoje, mesmo quem quer um iPhone mais barato não quer que pareça barato. E é aí que o iPhone 16e acerta em cheio.
O segredo está no equilíbrio?
O iPhone 16e tem um ecrã de 6.1 polegadas (contra as 4.7” do SE), o mesmo processador A18 da gama principal, 128 GB de armazenamento base e Face ID. Ou seja, à primeira vista, parece um iPhone “normal”. Isso faz toda a diferença.
O fim oficial dos iPhones pequenos
Com o sucesso do 16e, parece confirmado: acabou-se a era dos iPhones pequenos. A Apple tentou, insistiu, mas o público nunca correspondeu. A maioria dos utilizadores prefere um ecrã maior, mesmo que isso signifique um telefone um pouco mais pesado.
Em resumo: o iPhone 16e pode não ser o modelo mais entusiasmante da linha, mas é provavelmente o mais inteligente. E a julgar pelas vendas, pelo menos as lá de fora (nunca vi um iPhone 16e em Portugal), parece que é exatamente isso que os consumidores andavam à procura.