Microsoft criou um mercado falso para testar a sua IA. Resultado?

A Microsoft decidiu criar um mercado online totalmente falso para ver até que ponto as suas IAs conseguiam funcionar sem supervisão humana. Uma ideia interessante num mundo que tem cada vez mais medo de perder propósito no mercado de trabalho.

Dito isto, o projeto chamou-se Magentic Marketplace e, no papel, parecia promissor. Porém, na prática, confirmou aquilo que muitos já suspeitavam… A inteligência artificial ainda está longe de agir de forma autónoma e fiável.

Um “mercado” onde IAs tentaram negociar entre si

inteligência artificial não representa um perigo para os humanos!

Portanto, a experiência consistiu num ambiente de comércio eletrónico simulado, com 100 agentes “clientes” e 300 agentes “empresariais”, todos geridos por modelos de IA de última geração como o GPT-4o, GPT-5 e Gemini 2.5 Flash.

O objetivo passava por observar como as IAs reagiam quando tinham de comprar, vender e negociar entre si sem intervenção humana.

O problema? Foi o caos.

IAs facilmente influenciadas e perdidas em demasiadas opções

Segundo os investigadores, os agentes “clientes” eram facilmente manipulados pelos agentes “empresas”, escolhendo produtos que não precisavam ou ignorando opções melhores.

Além disso, quando confrontadas com muitas opções em simultâneo, as IAs ficavam lentas, indecisas e até incoerentes nas decisões, como se tivessem um limite de atenção.

A performance só melhorava quando recebiam instruções passo a passo, o que vai contra a ideia de autonomia total.

Colaboração? Só com ajuda humana!

inteligência artificial não representa um perigo para os humanos!

Entretanto, outra fraqueza detetada foi a incapacidade de trabalhar em equipa. As IAs tinham dificuldade em perceber quem devia fazer o quê, o que levava a decisões redundantes e resultados inconsistentes.

A Microsoft admite que a colaboração só melhorou quando os investigadores lhes explicaram detalhadamente as tarefas.

O futuro é agora? Ou só amanhã?

O estudo deixa claro que, apesar de todo o marketing sobre agentes autónomos capazes de pensar e agir sozinhos, a realidade ainda exige muita supervisão humana.

Assim, sem mão humana, a IA mostra-se confusa, vulnerável e pouco fiável, especialmente em contextos competitivos ou colaborativos.

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A ferver

Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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