Micro USB vs USB-C: porque é que o futuro já não volta atrás?

Durante mais de uma década, o Micro USB foi o conector universal. Estava em tudo! Smartphones, tablets, colunas, powerbanks e até auriculares sem fios. Pequeno, barato e funcional. Mas o tempo não perdoa, e a tecnologia também não.

Por isso, à medida que os dispositivos ficaram mais rápidos e exigentes, o velho Micro USB começou a mostrar todas as suas limitações. Foi aí que entrou o USB-C, o padrão que mudou tudo, e que vai ficar como o padrão Universal durante muitos e longos anos.

Aliás, apesar de já se falar da remoção de uma porta física nos smartphones, de forma a continuar a saga dos aparelhos ultra-finos. A realidade é que o USB-C veio para ficar, pelo menos durante algum tempo.

Micro USB: o conector que ficou preso no passado

Nos anos 2010, o Micro USB foi considerado como uma boa evolução face ao antigo Mini USB, mas, passado algum tempo, começou a ser considerado como uma dor de cabeça. Tinha um design assimétrico, o que obrigava a encaixar o cabo na direção certa, o que durante muitos e longos anos deu razões para arrancar cabelos.

Mas, além disso, em termos técnicos, o Micro USB 2.0 chegava apenas aos 480 Mbps de transferência de dados, o que era aceitável para músicas e fotos, mas completamente insuficiente para vídeos 4K ou backups pesados. Também era limitado em potência de carregamento, normalmente a 5 V e 1-2 A.

É verdade que algumas marcas conseguiram acelerar o processo com tecnologias como o Quick Charge da Qualcomm, mas o limite físico estava lá.

Depois, existia um outro problema: a fragilidade. A pequena “língua” metálica no interior da porta partia-se com facilidade depois de centenas de utilizações. O resultado? Cabos soltos, ligações falhadas e um conector condenado à extinção.

USB-C: o conector que faz tudo (e bem)!

O USB-C chegou em 2014 e rapidamente se tornou o novo padrão global.

A primeira grande diferença é óbvia… É reversível. Não há “lado certo” nem frustração ao tentar ligar o cabo. Além disso, é muito mais rápido e potente. Dependendo da versão (de USB 2.0 a USB 4 ou Thunderbolt 4), pode atingir velocidades de até 40 Gbps e entregar até 240W de energia, o suficiente para carregar até portáteis gaming.

Mas o mais interessante é a versatilidade.

O USB-C não serve apenas para carregar ou transferir ficheiros. Pode também transmitir vídeo e som, substituindo HDMI e outras portas. É por isso que muitos portáteis modernos têm apenas entradas USB-C. Naquilo que é um único cabo pode ligar um monitor, carregar o computador e transferir dados ao mesmo tempo.

O futuro é redondo!

O design simétrico do USB-C tornou-o também mais resistente. Sem peças frágeis e com encaixes sólidos, dura mais e aguenta o uso diário sem folgas ou falhas. O único “mas”? Nem todos os cabos e portas USB-C são iguais. Alguns suportam apenas carregamento básico, enquanto outros oferecem velocidades e funcionalidades completas.

Infelizmente, a forma de os distinguir é ainda… Francamente má.

Mas, ainda assim, não há volta a dar. O USB-C é o futuro (e o presente). É mais rápido, mais prático, mais potente e mais preparado para tudo o que vem aí.

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A ferver

Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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