Investigadores da POSTECH (Universidade de Ciência e Tecnologia de Pohang) desenvolveram uma nova liga metálica que mantém uma combinação excecional de resistência e flexibilidade em condições térmicas extremas, desde –196 °C até aos 600 °C. Esta descoberta do novo metal que resiste a temperaturas extremas representa um avanço importante na engenharia de materiais. Isto com potencial para revolucionar setores como o aeroespacial, automóvel e o da energia.
Liga invencível: novo metal resiste a temperaturas extremas!
As ligas metálicas tradicionais tendem a comportar-se de forma inconsistente quando expostas a grandes variações de temperatura. Metais comuns expandem, contraem ou perdem resistência com o frio ou calor intensos. Isto limita a sua utilização em ambientes com mudanças térmicas rápidas ou extremas. Esta nova liga, no entanto, desafia essa limitação e apresenta um desempenho estável num intervalo térmico excecionalmente amplo.
Entretanto o segredo por detrás deste desempenho está na estrutura da nova liga, que pertence à classe das chamadas ligas de alta entropia (HEAs). Estas ligas são compostas por vários elementos metálicos em proporções semelhantes, o que lhes confere uma estrutura mais estável e versátil. A liga desenvolvida pela equipa da POSTECH é baseada em níquel e apresenta partículas em nanoescala distribuídas de forma uniforme. Estas partículas reforçam a estrutura interna da liga e evitam deformações. Como tal permitem que o material mantenha a sua integridade mecânica, independentemente da temperatura a que está sujeito.
Além de resistente, esta nova liga apresenta um comportamento mecânico quase constante, o que significa que as suas propriedades não se alteram significativamente com as mudanças térmicas. Esta característica é especialmente importante em aplicações industriais onde a fiabilidade e a segurança são críticas, como por exemplo:
- Motores de foguetes e jatos, sujeitos a variações térmicas súbitas;
- Sistemas de escape de veículos, expostos a temperaturas muito elevadas;
- Turbinas de centrais elétricas, onde o calor e o esforço mecânico são constantes;
- Oleodutos e infraestruturas energéticas, que operam frequentemente em ambientes extremos.
A estabilidade desta liga pode contribuir para reduzir falhas estruturais, prolongar a vida útil dos componentes e aumentar a eficiência energética de sistemas complexos.