Sabes qual é o maior problema da DIGI? Não é a Internet!

A DIGI chegou a Portugal como um autêntico “rolo compressor”, com promessas de internet ultrarrápida e preços que deixaram a concorrência a suar. O seu foco na qualidade da fibra e nos pacotes móveis está a ser um sucesso, mas a verdade é que o seu ponto mais fraco reside onde menos se esperava: o software. Enquanto a rede e o hardware da DIGI cumprem o prometido, a Experiência de Utilização (UX) da sua aplicação de TV está a provocar um coro de queixas entre os utilizdores.

O calcanhar de aquiles: a app de TV falha o básico

Uma discussão na comunidade Reddit de utilizadores da DIGI tornou-se viral, expondo as falhas graves da aplicação que é usada em dispositivos como a Google TV. O problema não é técnico no sentido de falha de rede, mas sim de design e funcionalidade.

Um utilizador, que migrou da MEO, detalhou o que considera ser uma experiência “abaixo de críticas”, resumindo as falhas mais críticas:

1. O zapping e time-Shift são lentos e arcaicos

Vivemos na era do streaming, onde a fluidez é regra. No entanto, a aplicação da DIGI falha no básico:

  • Lentidão: A navegação rápida entre canais (o famoso zapping) é penosa.
  • Controlo Confuso: Andar para a frente e para trás na gravação de um programa é feito através de setas laterais, obrigando o utilizador a tirar o focus da timeline. Isto é um retrocesso face a qualquer plataforma moderna (Netflix, HBO, MEO Go) que permite o arrastar intuitivo.

2. Guia de TV (EPG) Inutilizável

O Guia Eletrónico de Programação (EPG) é a peça central da TV linear, mas na DIGI é um “desastre de lento”. Tentar chegar a um canal mais distante ou navegar rapidamente na grelha é frustrante, transformando o ato de encontrar um programa numa tarefa demorada.

3. A Ausência de Favoritos é um Erro Crasso

A falta de personalização é, talvez, o erro mais grave.

  • Sem Favoritos: Não é possível configurar uma lista de canais preferidos, forçando o utilizador a percorrer todos os canais (incluindo “15 canais para crianças”, segundo a queixa) para chegar ao seu destino.
  • Sem Destaques: A impossibilidade de marcar programas ou aceder facilmente aos episódios mais recentes de séries é um contrassenso no panorama atual de consumo de conteúdo.

O Peso do Software vs. Hardware

A DIGI está a provar que ter a melhor rede e os melhores preços não é suficiente se a interface do utilizador for má.

As operadoras estabelecidas (MEO, NOS, Vodafone) têm vindo a refinar as suas boxes e aplicações de TV durante anos. Este software polido e intuitivo é uma vantagem competitiva silenciosa que a DIGI está a subestimar. O utilizador moderno exige a fluidez do streaming mesmo na TV linear.

A crítica é clara: a operadora tem de investir tanto no desenvolvimento da sua aplicação como investiu na implementação da sua rede de fibra.

A DIGI tem de agir

O descontentamento é tão grande que há quem já pense em soluções alternativas, levantando a questão da comunidade desenvolver a sua própria app.

A mensagem para a DIGI é inegável: A tua internet é excelente, mas o teu software é a tua maior fraqueza. Se queres conquistar o cliente que valoriza a experiência de home entertainment, uma atualização urgente e profunda à app de TV é fundamental para evitar que este problema se torne uma mancha na reputação da marca em Portugal.

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A ferver

Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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