O sensor de proximidade é um dos componentes mais discretos do telemóvel, mas também um dos mais importantes e por isso deves mesmo limpar. Localizado normalmente junto à câmara frontal, este pequeno dispositivo é responsável por detetar quando o telemóvel está encostado ao rosto. Sempre que isso acontece, o ecrã apaga-se automaticamente para evitar toques acidentais e para poupar energia. Apesar da sua utilidade, o sensor é também um dos elementos mais negligenciados pelos utilizadores. Poeira, gordura da pele, maquilhagem, protetores de ecrã mal aplicados ou capas que cobrem parcialmente a zona podem interferir no funcionamento correto. Com o tempo, os sintomas tornam-se claros: chamadas em que o ecrã não apaga, consumo de bateria desnecessário e até falhas em funções associadas, como o ajuste automático do brilho.
Como identificar problemas no sensor de proximidade
Os sinais de que o sensor não está a funcionar corretamente podem variar, mas existem alguns mais comuns:
O ecrã não se apaga durante chamadas – se encostas o telemóvel ao ouvido e o ecrã continua aceso, há sujidade a bloquear o sensor ou problemas de calibração.
O ecrã apaga-se sem motivo – em alguns casos, o sensor deteta falsamente que algo está a tapá-lo e desliga o ecrã mesmo quando não há contacto.
O brilho automático falha – como muitos equipamentos combinam o sensor de proximidade com o de luminosidade, falhas num podem afetar o outro.
Toques involuntários – abrir aplicações, colocar chamadas em espera ou ativar o altifalante sem querer são sintomas diretos de mau funcionamento.
Onde está localizado o sensor
A posição exata do sensor depende do modelo de telemóvel, mas na maioria dos casos está junto à câmara frontal, na parte superior do ecrã. Muitas vezes encontra-se escondido atrás do vidro, invisível ao olho humano.
Nos modelos mais antigos, pode estar visível como um pequeno ponto preto.
Nos smartphones atuais, tende a estar integrado de forma discreta, quase impercetível. Entretanto alguns fabricantes combinam-no com outros sensores, como o de luminosidade.
Saber a localização é essencial antes de tentares qualquer limpeza, para não desperdiçares tempo em zonas erradas.
Como limpar corretamente o sensor de proximidade do telemóvel
Limpar o sensor de proximidade não é complicado, mas exige cuidado. Abaixo estão os métodos recomendados:
Pano de microfibra – utiliza o mesmo tipo de pano usado para óculos. Remove marcas de gordura e partículas de pó sem riscar o vidro.
Água destilada ou solução específica – se a sujidade for persistente, humedece ligeiramente o pano. Nunca apliques líquidos diretamente no telemóvel.
Verificar o protetor de ecrã – um protetor mal colado, com bolhas de ar ou demasiado espesso, pode bloquear o sensor. Nesse caso, substitui por um modelo mais adequado.
Limpeza regular – incluir esta rotina uma vez por semana ajuda a prevenir acumulação de resíduos.
O que nunca deves fazer
Existem métodos que parecem rápidos mas que podem causar mais danos do que benefícios. Por exemplo, não uses álcool em excesso. Tudo porque pode danificar o revestimento oleofóbico do ecrã. Para além disso evita objetos pontiagudos, palitos, agulhas ou chaves podem riscar ou partir o vidro protetor. Em simultâneo não sopres diretamente. A humidade da respiração pode infiltrar-se no telemóvel. Não uses cotonetes. As fibras soltas podem ficar presas e agravar o problema.
Impacto de um sensor sujo ou bloqueado
Ignorar este pequeno detalhe pode trazer várias consequências:
Chamadas problemáticas – ao não apagar o ecrã, aumentam os toques acidentais.
Maior consumo de bateria – um ecrã ligado sem necessidade representa mais gasto energético.
Aquecimento do aparelho – esforço desnecessário pode gerar calor.
Redução de durabilidade – usar constantemente botões físicos para corrigir falhas pode acelerar o desgaste.
O sensor e a calibração do sistema
Em alguns modelos, o problema não está apenas na sujidade. Atualizações de software ou falhas de calibração podem afetar o funcionamento. Nesse caso, é possível recalibrar o sensor através das definições do sistema ou de aplicações próprias disponibilizadas pelos fabricantes.
Nos Android, pode ser feito em menus de diagnóstico ocultos.
Nos iPhones, o ajuste é automático, mas pode exigir uma atualização de sistema.
Vale a pena trocar o sensor?
Na maioria dos casos, uma limpeza ou substituição do protetor de ecrã resolve o problema. Mas se o sensor estiver mesmo danificado, a reparação pode ser necessária. O preço varia conforme o modelo do telemóvel, mas em equipamentos premium pode ultrapassar facilmente os 100€.
Por isso, limpar o sensor de proximidade do telemóvel é também uma forma de poupar dinheiro a longo prazo.
O sensor de proximidade pode parecer irrelevante, mas garante o bom funcionamento do telemóvel em tarefas básicas como atender chamadas. A falta de atenção a este detalhe pode transformar-se em frustração diária, além de comprometer bateria e usabilidade.
Limpar regularmente, escolher um protetor de ecrã adequado e verificar sinais de mau funcionamento são passos simples que evitam problemas maiores. Pequenos gestos de manutenção fazem toda a diferença na vida útil de um telemóvel e o sensor de proximidade é um exemplo claro disso.
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