Para responder a todas as dúvidas que os consumidores têm com a chegada da LigaT ao mercado Português, um estranho nome que promete acabar, ou pelo menos destabilizar o domínio avassalador da MEO, NOS e Vodafone, viemos aos escritórios da pequena empresa ainda tão regionalizada, para perceber o que quer realmente fazer de diferente, qual é o seu plano, calendarização e pontos fortes.
Bem, depois de tudo aquilo que tivemos a oportunidade de ver, a LigaT ainda não é, mas vai ser uma ameaça muito séria para o atual mercado de telecomunicação em Portugal. É uma lufada de ar fresco!
Vamos por partes?
LigaT – Uma lufada de ar fresco para a Internet em Portugal! O que é? Como nasceu? Quais são os objetivos da empresa?
Portanto, começámos a nossa visita à LigaT a partir do Workspace partilhado da empresa perto do Braço de Prata, em Lisboa. Uma zona interessante, não pelas instalações, ou pela localização, mas pelo espírito que podemos sentir a falar com algum do pessoal da jovem empresa.
Uma empresa, que na minha mais honesta opinião, está a ser construída, desde a sua base, muito à imagem do seu fundador Luís Tavares. Quem é esta personagem?
Luís Tavares é Militar e Engenheiro de Formação, mas um homem cheio de ideias, e talvez mais importante que isso, cheio de vontade de as meter em prática.
A sua experiência começou em 1999 no grupo SONAE, onde ocupou cargos de liderança na área tecnológica e também na parte do negócio, com um impacto que ainda hoje podemos ver e sentir, tanto a nível nacional como internacional. Afinal, estamos a falar de uma pessoa que esteve envolvida em projetos muito importantes, e pioneiros, como o ADSL2+, FTTH, ou até a primeira oferta de IPTV em solo Nacional.
Eventualmente, Luís Tavares esteve também envolvido com o grupo Altice, através da Cabovisão, e esteve envolvido na criação da NOWO, bem como de outros projetos igualmente importantes.
É no meio de todo este trabalho, inovação, e apostas, e na minha opinião, o bichinho que o Luís tem dentro de que, que aparece a LigaT! Uma operadora totalmente independente na oferta dos serviços, e também na montagem da sua estrutura base.
Sim, a fibra ótica da LigaT, é passada pela própria, com as suas próprias equipas, e com o seu próprio planeamento.
Curiosamente, o seu armazém, apesar de ter um tamanho próprio de uma empresa ainda muito recente, já recebe camiões cheios de fibra, todas as semanas, pronta a montar e a distribuir por esse país fora.
A LigaT é diferente, e quer fazer uma forte aposta. Mas as coisas vão muito além da qualidade da sua estrutura e oferta.
Afinal, enquanto as grandes fornecedoras de Internet do país patrocinam grandes eventos, a LigaT quer estar presente em cafés, em bibliotecas, em bancos de jardim, em torneios da associação recreativa local, na casa do povo, etc… Em suma, a LigaT quer ser uma fornecedora de Internet de fácil acesso, com uma equipa presente, e pronta a receber e a apoiar a comunidade local. A LigaT quer ligar as pessoas, não só a si, mas também umas às outras.
Algo que já começou a acontecer, e vai apenas aumentar de nível à medida que a empresa vai chegando a mais e mais regiões. (Os planos de expansão são ainda secretos, mas são inegavelmente ambiciosos!)
Preços baixos são para se manter?
A LigaT começou a dar que falar pelos seus planos diferentes do normal, a um preço apelativo. Como é óbvio, esta é uma estratégia interessante para quem está a entrar no mercado, mas será que é para se manter. Segundo a empresa, sim!
Aliás, o plano ‘pioneiro’, que a LigaT oferece assim que chega a uma nova zona, não é pura e simplesmente um plano promocional com a durabilidade de alguns meses. É um plano com um preço vitalício. Estes pioneiros também são quase parte da família, ao servirem para testar novas funcionalidades, e novo hardware, que mais tarde pode chegar aos restantes consumidores.
Preços baixos = Fidelização?
A LigaT também quer ser diferente neste aspeto. Por isso, os afamados contratos com fidelização de 24 meses (2 anos), aqui não existem. Se o cliente não estiver satisfeito, apenas precisa de contactar o apoio ao cliente, devolver o equipamento, e seguir a sua vida, com LigaT, ou sem LigaT.
Curiosamente, para a empresa, o facto de não existir uma obrigação contratual, faz com que a equipa trabalhe todos os dias para continuar a oferecer o melhor serviço possível.
Expansão?
Os grandes centros Urbanos não são ainda prioridade para a empresa. Mas eventualmente, também lá vai chegar. Existem prazos delineados, mas muita coisa pode acontecer. Vou só dizer que vamos ouvir falar muito da empresa nos próximos anos. Os planos são mais que muitos!
Entretanto, a ideia ‘base’ é continuar a estratégia “regional”, crescer ao seu próprio ritmo, e eventualmente replicar o sucesso regional no resto de Portugal.
Conclusão
A LigaT passa uma imagem de confiança, de trabalho, mas além disso tudo, de querer ser diferente. Para mim, foi uma lufada de ar fresco perceber que temos novidades a caminho no mundo do fornecimento de Internet. Pessoalmente, quero uma LigaT ágil, e pronta a expandir-se. Acredito que o mercado precisa da LigaT como de pão para a boca.
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