A Fórmula 1 é um assunto interessante, porque não foi assim há tanto tempo que o degrau mais alto do desporto motorizado andou a passar por dificuldades financeiras perto de extremas. Era o número de visualizações baixo, equipas a desaparecer ou perto disso, etc…
Sim, hoje em dia toda a gente fala de F1, conhece as equipas, os pilotos, etc… Mas isso só aconteceu devido ao enorme sucesso da série Drive to Survive na Netflix. Aliás, todo um sucesso que até está a dar origem num filme que deverá estrear no dia 26 de junho em Portugal.
O que vem com o sucesso? Os patrocínios, muitos deles milionários.
Aliás, nos tempos que correm existem tantos interessados em meter a sua marca na Fórmula 1, que começa a não existir espaço para toda a gente.
Aliás, até já se fala de acabar com o afamado Cost Cap, um conjunto de regras que serve para manter as equipas saudáveis financeiramente, porque falta de dinheiro é algo que começa a não ser um problema, até para a equipa mais pequena em pista.
Dentro de tudo isto, temos a Lenovo, uma empresa gigantesca que tem vindo a apostar forte e feio na Fórmula 1. Como e porquê? É que o nome da Lenovo nas pistas de F1 por esse mundo fora não serve apenas e só para marketing. Serve também para testar, aprender, e melhorar uma série de produtos.
Aliás, caso não saiba, a Lenovo também anda no MotoGP. Porém, nesse desporto, o foco está apenas na Ducati, uma das equipas de topo. Ou seja, a gigante Chinesa consegue assim trabalhar com uma das melhores equipas, e também consegue trabalhar com um dos maiores “circos” de entretenimento mundial.
Lenovo apostou forte e feio na Fórmula 1. Porquê?
Proavavelmente já deve estar a adivinhar, mas a Fórmula 1 é velocidade, precisão e… agora, também inteligência artificial.
Ou seja, além de conseguir meter muitos olhos em cima dos seus produtos e marcas (Lenovo, Motorola, etc…), a Lenovo aliou-se oficialmente à organização da F1 para testar tecnologia de IA e soluções sustentáveis num dos ambientes mais exigentes do mundo.
Assim, aquilo que parecia ser apenas mais uma jogada de marketing, tem pernas para andar, e pode mesmo vir a ter um impacto real.
Tem ideia da quantidade de dados que a F1 mexe?
De forma muito resumida, estamos a falar de mais de 500 terabytes de dados que são transferidos entre os circuitos e os centros técnicos da Fórmula 1 no Reino Unido durante cada fim de semana de corrida.
É exatamente aqui que a Lenovo entra em cena, com hardware e software capaz de aguentar a pressão e acelerar a análise de dados em tempo real. Tudo para garantir transmissões de alta qualidade, decisões estratégicas e operações técnicas sem margem para erro.
Porém, como estamos em 2025, a parceria vai muito além da velocidade. Um dos grandes focos está na sustentabilidade. A Lenovo está a estudar a implementação da sua tecnologia de arrefecimento líquido Neptune nos centros de dados da F1, uma solução que pode cortar drasticamente o consumo energético, mantendo a performance no máximo.
Ou seja, numa altura em que o desporto se comprometeu a atingir emissões líquidas zero até 2030, esta é uma aposta com lógica.
A cereja no topo do bolo? A IA híbrida.
A Lenovo está a fornecer soluções que combinam capacidade local com gestão de inferência, o que permite correr modelos de inteligência artificial diretamente nos equipamentos. Ou seja, a ideia passa por cortar a dependência da cloud. Isto pode traduzir-se, por exemplo, em sistemas de identificação de voz seguros ou em decisões estratégicas processadas localmente, com menos latência e maior privacidade.
Acima de tudo, esta parceria mostra que a tecnologia pode ser posta à prova em contextos reais. Dito isto, se há palco onde tudo é levado ao limite, é na Fórmula 1.
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