A Leak.pt foi convidada pela Lenovo, e pela Ducati, a ir à quinta etapa do MotoGP de 2025. Ou seja, o grande prémio de Espanha em Jerez de la Frontera.
A ideia passou obviamente por nos dar a oportunidade de perceber como é que este “circo” do MotoGP funciona no seu dia-a-dia, mas claro, o objetivo máximo deste convite passou essencialmente por nos mostrar a forma como a tecnologia está a mudar os desportos motorizados.
Afinal de contas, além deste patrocínio à Ducati Corse no MotoGP, a realidade é que a Lenovo também é um dos maios patrocinadores de Fórmula 1. Ou seja, a gigante Chinesa está envolvida com os desportos motorizados mais populares e eletrizantes à face da terra. Não é por acaso!
MotoGP: Tecnologia de topo, mas o piloto continua a ser rei!
Logo no início da nossa entrevista a dois dos responsáveis máximos da equipa, foi dito “quatro rodas fazem mexer o corpo, mas as duas rodas fazem mexer a alma.” É exatamente esta a mensagem que o MotoGP passa… Paixão pura.
Mas, como é que a paixão se mistura com a tecnologia? Especialmente num desporto motorizado tão peculiar como é o MotoGP, onde a potência se alia a um piloto, que por sua vez é mais de 1/3 do peso total do combo, e tem também uma gigantes influência na carga aerodinâmica em todo o percurso?
É que isto não é como a F1, onde é possível meter sensores, estudar telemetria, onde o carro acaba por fazer a grande maioria do trabalho. No MotoGP as coisas são um pouco mais complexas. O piloto não é uma máquina perfeita, e como tal, não é capaz de repetir sempre os mesmos movimentos em todas as voltas, especialmente quando o cansaço começa a ser um fator.
É aqui que entra a tecnologia, ou melhor, o hardware e know-how da Lenovo.
A gigante Chinesa não só traz muita força de processamento com portáteis de topo, smartphones, etc… Como também ajuda a equipa com servidores poderosíssimos, e de facto, até com um robot capaz de analisar toda a pista! A marca também está a testar um novo robot capaz de percorrer toda a pista autonomamente, recolhendo uma enorme quantidade de dados sobre o asfalto, a temperatura, a humidade e outros fatores críticos.
Dados que permitem à Ducati criar simulações ainda mais realistas e preparar melhor as motas para cada condição de corrida. Uma ferramenta que promete revolucionar o modo como se encara a preparação para cada Grande Prémio.
Sim, o rugido ensurdecedor dos motores, o cheiro a borracha queimada e a destreza quase sobre-humana dos pilotos continuam a ser a alma viva deste desporto. Mesmo quando a tecnologia tenta roubar o protagonismo, é o coração e a coragem que escrevem as verdadeiras histórias em pistaMas, num mundo em que uma simples décima pode fazer a diferença, até os mais apaixonados técnicos do mundo motorizados confessam que a tecnologia começa a fazer a diferença.
Como estamos de potência pura e dura na Ducati Corse?
De forma muito resumida… A nova Desmosedici GP 2025 é incrível, e imponente ao vivo!
Estamos a falar de uma mota absolutamente brutal: motor V4 a 90º, mais de 250 cavalos de potência, velocidade máxima acima dos 350 km/h, suspensões Öhlins de topo. E claro, uma panóplia de sensores que monitorizam praticamente tudo o que acontece em cima da mota.
Afinal, para alimentar todos os analistas e engenheiros da equipa, temos sensores de velocidade, travagem, temperatura dos pneus, posição das válvulas do motor, pressão do combustível e óleo, entre muitos outros. Tudo isto gerido por uma ECU Marelli programada com o software unificado da Dorna.
Faz sentido para a Lenovo a associação com o desporto motorizado?
Sem dúvida que sim. Ou seja, associar-se a uma competição onde a tecnologia e o talento coexistem no limite é inteligente. Estamos a falar de um desporto onde cada grama conta, e cada centímetro de pista pode ser a diferença entre ganhar ou cair.
A Lenovo quer passar a imagem de inovação e velocidade? Conseguiu. Mas ao mesmo tempo, o MotoGP serve para lembrar que a melhor máquina do mundo só é vencedora se tiver o humano certo ao volante. Ou melhor, aos comandos.
Antes de mais nada, o que pensa sobre tudo isto? Acha que a tecnologia tem de ter um papel principal no desporto motorizado. Ou a mecânica tem de continuar a reinar? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.