iPhone: As novidades de segurança no novo iOS 11

A Apple aproveitou o mês de Setembro para lançar diversos produtos, incluindo os iPhone 8, iPhone 8 Plus e iPhone X, bem como a versão mais recente do sistema operativo para dispositivos móveis, o novo iOS 11.

Como é habitual quando sai um novo sistema operativo, o principal interesse dos utilizadores focou-se nas novas funcionalidades desta plataforma: – uma nova forma de se navegar pelo sistema de ficheiros, a capacidade de efetuar pagamentos para os amigos através do Apple Pay, novas funções para o Siri, um digitalizador de documentos e aplicações de realidade aumentada, para nomear os que captaram mais atenção.

Até do dia de hoje, quase 14% de todos os utilizadores de dispositivos móveis adotaram o sistema operativo da Apple, o que o torna na segunda plataforma móvel mais utilizada do mundo. Considerando este facto, vamos olhar para o que há de novo a nível da segurança no iOS 11.

Melhorias de segurança no novo iOS 11

Nesta nova versão do sistema operativo da Apple, parece ter havido uma maior preocupação em melhorar a confidencialidade das informações dos utilizadores, “complicando” o processo através do qual um utilizador não autorizado pode tentar aceder aos ficheiros armazenados nos dispositivos.

Estas novas implementações, não só vão afetar a segurança dos dados armazenamos num equipamento perdido ou roubado, mas podem também complicar o progresso das investigações criminais que exijam a análise forense a um telefone.

Autenticação por palavra-passe para se ligar a um computador

Anteriormente, para se ligar o iPhone a um computador, tudo que o utilizador necessitava de fazer era aceitar a caixa de diálogo que surgia no ecrã a questionar se o computador era confiável. Para que isso acontecesse, o telefone precisava de ser desbloqueado, mas isso poderia ser feito através da identificação por impressão digital (Touch ID).

No iOS 11, para completar o processo de identificação, deverá ser introduzida uma palavra-passe que apenas o utilizador conhece, após ter confirmado que o computador é de confiança. Sem esta palavra-passe, nem criminosos, nem especialistas forenses vão conseguir aceder ou efetuar qualquer cópia de segurança das informações armazenadas no telefone.

Isto torna-se particularmente revelante para os processos penais. Por exemplo, nos Estados Unidos, as palavras-passe são tratadas como conhecimento, de modo que sua confidencialidade seja protegida pela Primeira Emenda, ao contrário de uma impressão digital, que é considerada evidência física e pode ser exigida pelas autoridades.

Desativar rapidamente o Touch ID

Outro recurso relacionado com a segurança é a opção para desabilitar rapidamente o Touch ID como forma de desbloqueio do equipamento.

Na prática permite às pessoas que se encontram em situações onde a segurança foi comprometida, desativarem a autenticação através de métodos biométricos. Para esse efeito apenas é necessário pressionar-se o botão home cinco vezes de uma forma rápida. Após o fazerem, para se desbloquear o telefone será agora necessária uma palavra-passe de segurança que só a vítima conhece. Isto pode impedir que os criminosos desbloqueiem o telefone ao forçarem a colocação do dedo da vítima no botão home ou através do reconhecimento facial.

Chamadas de emergência

Quando o botão home é pressionado cinco vezes, não só bloqueia o equipamento por palavra-passe, como também permite ligar instantaneamente para os serviços de emergência.

Esta funcionalidade não tem como principal objetivo a proteção dos dados, mas ajudar os utilizadores quando correm risco de vida.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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