O iPhone Air é o típico exemplo de quando a forma vence a função. Ou seja, é um smartphone bonito, leve, extremamente fino, e é por isso mesmo muito agradável de se utilizar no dia-a-dia. Mas… Traz demasiados compromissos para cima da mesa.
A bateria não aguenta um dia inteiro de uso, e temos de dizer… Ter apenas uma câmara por 1249€? Não faz sentido em 2025.
O maior problema? Ninguém queria isto.
Ninguém andava a dizer “o meu smartphone é demasiado grosso, quero mesmo um mais fino, der por onde der.” Ainda assim, temos o iPhone Air no mercado.
Resultado deste lançamento? O iPhone Air não vende, não vai vender, e como tal, a produção já foi reduzida (em 80%), ou seja, para níveis que até já começam a passar a mensagem de que o iPhone Air não vai ter sucessor.
Mas… Podia ter sido diferente.
iPhone Air: Não vende, não vai vender, mas podia ser salvo
Sabe o mais curioso? Isto podia ter sido evitado. A Apple podia ter usado uma bateria de bateria de silício-carbono. Na realidade, como muitas outras fabricantes, nomeadamente as Chinesas, já fazem há várias gerações.
Dessa forma, o iPhone Air podia ter sido uma revolução, em vez de uma desilusão.
O que são baterias de silício-carbono?
A diferença está no ânodo. Enquanto as baterias de lítio convencionais usam grafite, as de silício-carbono recorrem a compósitos de silício e carbono que conseguem armazenar até dez vezes mais iões de lítio.
Ou seja, mais energia no mesmo espaço físico.
Isto evita aquilo que durante anos foi o problema das baterias que dão vida aos nossos smartphones. Estamos a falar da expansão do silício! O material “inchava” e danificava a estrutura da bateria.
A solução veio com nanotecnologia, adicionando estruturas de carbono resistentes a fraturas. O resultado é uma bateria mais densa, mais eficiente e, sobretudo, mais compacta.
A prova vem da China
Xiaomi, Huawei, HONOR e Tecno já utilizam este tipo de baterias. Os números impressionam:
- HONOR Magic V5: apenas 4,35 mm de espessura quando aberto, com uma bateria robusta de 5820 mAh.
- Tecno Pova Slim 5G: 5,95 mm de espessura e 5.160 mAh de capacidade.
- iPhone Air: 5,6 mm de espessura… e apenas 3.149 mAh.
Para ter uma noção, o iPhone Air é só 6% mais fino que o Tecno, mas tem menos 39% de bateria.
O que podia ter acontecido?
Se a Apple tivesse apostado numa bateria de silício-carbono, o iPhone Air podia muito bem ter 5.000 mAh, o mesmo nível de qualquer topo de gama Android, como é até o caso do S25 Ultra da Samsung.
Isto sem perder o seu perfil ultrafino. Ou seja, podia ter trazido um equilíbrio entre autonomia e design que tornaria o modelo realmente diferenciador.
Mas a Apple jogou pelo seguro. Infelizmente.
🔥 Este artigo foi útil?
Sê o primeiro a votar 🙂
Precisamos dos nossos leitores. Segue a Leak no Google Notícias e no MSN Portugal. Temos uma nova comunidade no WhatsApp à tua espera. Podes também receber as notícias do teu e-mail. Carrega aqui para te registares É grátis!


