Não é a primeira vez que ouvimos falar deste assunto, naquilo que parece ser um testar das águas por parte da Intel, para perceber se a estratégia pode ou não ser um sucesso a médio/longo prazo.
Estamos a falar do quê? Bem, cada vez mais, as empresas querem tentar ir buscar mais dinheiro ao bolso dos clientes, depois da venda dos seus produtos. Ao adotarem aquilo que é mais vender produtos como um serviço, e não apenas como um ‘one time deal’.
Consegue imaginar comprar um processador, que chega às suas mãos com algumas das suas capacidades bloqueadas, e mais tarde ter de pagar as desbloquear? Estranho não é? Aparentemente, é o futuro.
Intel quer o seu dinheiro, depois de já ter vendido o processador
Portanto, no passado já tÃnhamos visto indÃcios do mecanismo SDSi (Software Defined Silicon) da Intel, em ambiente Windows. Mas ao que tudo indica, agora é a vez do Linux também passar a ser um alvo, com a Intel a apontar para o lançamento do SO Linux 5.18, que entretanto deverá acontecer na primavera de 2022.
O que é isto na verdade?
Muito resumidamente, o mecanismo Intel SDSi permite “abrir” funcionalidades, ou atualizar o software de processadores Xeon. A primeira gama a suportar este sistema vai ser a Intel Sapphire Rapids.
Na teoria, tudo isto parece muito interessante. Consegue imaginar comprar um processador à medida das suas necessidades, hoje, poupando alguns trocos, e mais tarde pagar para desbloquear todas as suas potencialidades. Talvez fosse mais barato para Intel produzir muito de um único produto, e depois dividir as suas gamas de produtos desta forma. Mas como é óbvio, não é isso que vai acontecer. A Intel vai continuar a pedir preços ‘premium’, e mais tarde tentar ‘sacar’ mais alguns trocos.
Aliás, isto já acontecem em 2010, quando a Intel tentou dar os primeiros passos neste mundo dos desbloqueios via pagamento, com a famÃlia de processadores Sandy Bridge (Intel Core 2000). (Na altura, era possÃvel desbloquear frequências mais altas, e mais memória cache).
Bem… vamos ver o que isto vai dar!
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