Enquanto a Apple se prepara para celebrar os 20 anos do iPhone com pompa em 2027, a Huawei parece estar prestes a dar uma valente chapada tecnológica… com dois anos de antecedência.
Uma chapada que não ser dada apenas à Apple, vai muito provavelmente ser dada a todas as fabricantes. Algo curioso, porque apesar do facto de a marca chinesa ter sido empurrada para fora do jogo pelas sanções dos EUA, está agora prestes a fazer história ao lançar o primeiro smartphone com memória HBM (High Bandwidth Memory).
HBM no telemóvel? Huawei quer ser a primeira!
Segundo recentes leaks de informação, a Huawei vai estrear memória HBM com tecnologia de empilhamento 3D num dos seus próximos smartphones. Isto significa maior largura de banda, mais eficiência energética e chips de memória mais pequenos. Ou seja, mais velocidade, mais memória, e claro, melhor gestão térmica. Pode parecer pouco importante, mas é algo essencial para a nova geração de IA que está a chegar ao telemóvel.
O que muda?
Atualmente, os topos de gama usam RAM LPDDR5X, e espera-se que a LPDDR6 só comece a ser produzida pela Samsung no final de 2026. Mas a Huawei quer saltar essa etapa e ir diretamente para HBM, tecnologia usada em centros de dados e placas gráficas topo de gama.
Atenção, placas gráficas topo de gama que não servem para jogos. Servem para supercomputadores.
A Apple vai ficar para trás?
A Apple quer trazer a memória HBM para os iPhones. Porém, só em 2027, com o tal modelo especial de 20.º aniversário.
Assim, se a Huawei conseguir lançar este tipo de memória antes disso, ganha automaticamente uma vantagem técnica no campo da inteligência artificial móvel. Curiosamente, um campo onde a Apple continua atrasada.
Claro que há um “mas” nesta história: a Huawei continua presa ao processo de fabrico de 7nm da SMIC, por não poder usar os serviços da TSMC ou da Samsung. Isso limita o avanço em certas áreas, mas esta aposta na HBM mostra que a marca está a tentar compensar por outros caminhos, e de facto, pode ser uma excelente ideia.
Especialmente agora que os Estados Unidos estão a virar as costas a muita gente, onde temos de incluir a Europa. As sanções podem acabar por ser uma história do passado num futuro breve.