O mundo das consolas portáteis que acabam por ser autênticos PCs gaming está a crescer a uma velocidade absurda. Ainda não é algo massificado e fácil de ver no dia-a-dia. Mas podemos estar muito próximos desse ponto. Afinal, a Lenovo, ASUS, Valve, MSI, entre outras, já têm cavalos nesta corrida.
Mas a HP, uma das grandes do mundo dos computadores, ainda está na bancada. Pelo menos por enquanto.
HP acredita no Windows para consolas portáteis, mas deixou um recado!
Em entrevista ao XDA (via Notebookcheck), Josephine Tan, responsável pela divisão de gaming da HP, admitiu que a marca está aberta a lançar uma consola portátil dentro de muito pouco tempo. Muito provavelmente a ter como base o SteamOS, o sistema operativo da Valve que já conquistou o coração dos donos da Steam Deck.
Mas, calma: isso não quer dizer que a HP tenha virado as costas ao Windows 11. Muito pelo contrário.
“Estamos focados em oferecer a melhor experiência de jogo personalizada nos nossos produtos OMEN e HyperX. Continuamos comprometidos com o Windows. Mas queremos que funcione realmente bem em qualquer dispositivo.”
Ou seja: a HP continua de mãos dadas com a Microsoft… mas já está a olhar de esguelha para a concorrência. Normal. Porque tem razão!
Windows 11 + Consolas Portáteis = má combinação!
É que, sejamos honestos, o Windows 11 não foi feito a pensar em consolas portáteis. A experiência de retomar um jogo rapidamente, por exemplo — algo banal na Switch ou na Steam Deck — ainda é um pesadelo nos equipamentos Windows. Aliás, a atualização 24H2 só veio piorar as coisas, com bugs e problemas que parecem nunca mais acabar.
Enquanto isso, o SteamOS vai ganhando terreno, mesmo com algumas limitações (como a falta de suporte oficial para anti-cheat e tecnologias de frame generation). Ainda assim, em termos de usabilidade, está a anos-luz do sistema da Microsoft em equipamentos como a ASUS ROG Ally ou a nova Lenovo Legion Go S.
É agora ou nunca, Microsoft
Com o mercado das consolas portáteis a rebentar, e cada vez mais fabricantes a considerar o SteamOS como alternativa viável, está na altura da Microsoft arregaçar as mangas e criar um modo “portátil” digno desse nome. Caso contrário, arrisca-se a perder este comboio — e não vai ser a HP que vai ficar à espera na estação.