O fim do cartão físico significa o adeus às máquinas multibanco?

O cartão de plástico está a tornar-se uma peça de museu, ultrapassado pela velocidade e segurança do teu telemóvel. Mas se pensas que o fim do cartão físico arrasta consigo a velha máquina Multibanco que encontras na esquina, engana-te. O icónico terminal não vai desaparecer, está a passar pela sua maior e mais bombástica metamorfose. Então o fim do cartão físico significa o adeus às máquinas multibanco?

O fim do cartão físico e o nascimento das máquinas inteligentes

A queda é real: o número de levantamentos em caixas Multibanco tem vindo a cair consistentemente em Portugal, um dos países europeus mais avançados em pagamentos digitais. O rei dos pagamentos passou a ser o MB Way (com o QR Code e o NFC) e o contactless.

Multibanco vai acabar? O que muda com a nova geração de máquinas

No entanto, a rede Multibanco, com cerca de 12 mil terminais no país, é demasiado robusta para ser simplesmente desligada. O futuro da máquina não está em dar-te notas, mas em transformar-se num hub de serviços bancários ultradigitais.

O que vai substituir o plástico? 3 Choques de Inovação

O foco do Multibanco move-se do “sacar dinheiro” para o “autenticar serviços”:

  1. A Biometria é o Novo PIN: As máquinas do futuro, as chamadas Smart ATMs, vão reconhecer-te não pelo cartão, mas pela tua impressão digital ou reconhecimento facial. O PIN secreto passará a ser a confirmação no teu smartphone.
  2. O Telemóvel é o Novo Cartão: Já podes fazê-lo com o MB Way, mas a integração será total. Encostas o teu smartphone (ou smartwatch) ao terminal e, sem precisares de inserir nada, a máquina abre o teu menu de serviços. Esquece os cartões esquecidos.
  3. Preparado para o Euro Digital: Portugal prepara-se para a chegada do Euro Digital, e as caixas Multibanco serão a porta de entrada para esta moeda. As máquinas permitirão conversões rápidas e seguras entre notas e o teu saldo digital, assegurando que ninguém fica de fora.

O multibanco tem mesmo câmaras escondidas? A verdade

Não é o Fim, é uma Redução Dramática

É provável que o número de caixas automáticas em Portugal reduza para metade na próxima década. Vão desaparecer os velhos terminais que só davam notas. Mas os que sobreviverem serão muito mais:

  • Multifuncionais: Vão permitir pagamentos de serviços mais complexos, depósitos digitais e interações que hoje fazes ao balcão.
  • Mais Seguros: Com a biometria e a Inteligência Artificial a monitorizar comportamentos anómalos, a burla digital (que substitui o assalto físico) será travada em milissegundos.
  • O Último Refúgio do Dinheiro Físico: Numa sociedade cada vez mais digital, as máquinas inteligentes vão garantir a Inclusão Financeira, permitindo que quem ainda usa notas e moedas possa convertê-las em saldo digital, e vice-versa, sem ter de ir a um balcão.

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A ferver

Catarina Couto
Catarina Couto
Apaixonada por tecnologia desde que usou o primeiro Nokia com ecrã monocromático, começou a escrever sobre gadgets ainda nos tempos da faculdade. Cresceu entre fóruns, blogs e lançamentos de telemóveis e nunca mais largou o mundo digital. Adora testar novos dispositivos, descobrir truques escondidos nos smartphones e simplificar a tecnologia para quem a usa no dia a dia.

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