Fibra Vodafone a 42,50€ vs Amigo a 15€: vale mesmo a pena trocar?

Se estás a pagar 42,50€ por 500 Mbps da Vodafone (com box que quase nem usas) e vês a Amigo a atirar-te 1 Gbps por 15€ na Black Friday, é impossível não pensar: “Isto é bom demais… onde está a rasteira?” A dúvida no Reddit resume-se a isto: sendo a Amigo uma low cost, será que a qualidade da fibra é pior ou é praticamente a mesma coisa com outro nome e uma fatura muito mais magra? O que compensa num Vodafone vs Amigo?

O dilema: ficar onde está “a correr bem” ou arriscar poupar?

No teu caso nem tens queixas da Vodafone: os 500 Mbps até passam ligeiramente o contratado, não tens cortes e tudo funciona. O problema não é o serviço, é o preço. Estás a pagar caro por uma velocidade que hoje já é “normal”, e ainda por cima tens uma box que dispensas.

Quando olhas para a Amigo e vês 1 Gbps por 15€, a conta é simples: mais velocidade no papel, menos de metade do preço. A questão deixa de ser técnica e passa a ser psicológica: largar uma coisa que funciona bem para outra que não conheces, só porque o valor é muito melhor.

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Mas afinal, o que é a Amigo?

A Amigo não é um operador “manhoso” a usar rede de terceiros. É a marca low cost ligada à própria Vodafone, a tal que aparece pensada para quem quer fibra rápida sem pacotes cheios de extras.

Na prática, isso significa que a Amigo usa a mesma infraestrutura de fibra da Vodafone na tua zona. Onde tens hoje Vodafone a funcionar bem, em princípio consegues ter Amigo com comportamento muito semelhante: cabos iguais, rede igual, diferença está nos tarifários, no suporte e nos “miminhos” extra.

A qualidade da fibra Vodafone vs Amigo: low cost ou low qualidade?

É aqui que muita gente se engana. “Low cost” não quer dizer automaticamente “rede pior”.

Vários utilizadores que trocaram reportam algo deste género. Tinham 1 Gbps Vodafone e mediam 700 Mbps reais. Entretanto passaram para 500 Mbps Amigo e ficaram pelos 400 Mbps. Em números parece uma queda, mas na utilização real, Netflix, YouTube, jogos, videoconferências, vários dispositivos ligados, não sentiram diferença.

Outro ponto importante: quase toda a gente faz speedtests por Wi-Fi. E aí o gargalo já não é a fibra, é o router e o telemóvel/PC. Mesmo com 1 Gbps contratados, é normal ficares bem abaixo disso por Wi-Fi. Sobretudo se o router for Wi-Fi 5 ou estiver mal posicionado. Por cabo, a história costuma ser bem diferente.

router da operadora, Este pequeno botão no router pode estar a sabotar o teu Wi-Fi sem saberes

Por isso, em termos de estabilidade e qualidade de ligação, a Amigo, em casa com boa cobertura, acaba por ser “igual à Vodafone”, só que sem o casaco de marca.

Quando é que a troca compensa mesmo?

Se não precisas da box, não usas extras tipo seguros, serviços de saúde ou ofertas de TV e queres é internet rápida para vários equipamentos em casa, a Amigo faz todo o sentido. A diferença anual entre 42,50€ e 15€ é enorme, sobretudo quando falamos de um serviço que usas todos os dias e nem dás por isso desde que funcione.

A única altura em que pode não compensar é se dependes muito de atendimento personalizado, renegociações constantes, ofertas e “jeitinhos” típicos das grandes operadoras. A Amigo é mais simples: menos floreados, menos canais de contacto, tudo mais direto.

Conclusão: faz sentido mudar?

Se tivermos só em conta o cenário típico, casa com boa cobertura, vários utilizadores, uso intenso de internet e pouco ou nenhum interesse na box, continuar a pagar 42,50€ por 500 Mbps quando podes ter 1 Gbps por 15€ deixa de ser prudência e começa a ser teimosia.

A fibra da Amigo não é “rasca”: é a mesma base da Vodafone, mas sem o luxo do pacote completo e sem o preço gordo. Se o teu principal objetivo é pagar menos por um serviço estável e rápido, e a tua morada tem cobertura, a resposta é simples: sim, vale muito a pena pôr a Amigo em cima da mesa.

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A ferver

Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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