O mundo das bicicletas (e de facto também trotinetes) não para de mudar e de surpreender. Sim, é certo que já não há muito a inventar, visto que o mercado já está muito mais preocupad em evoluir o que já temos em mãos. Ainda assim, podemos muito facilmente dizer que há muito que não víamos uma e-bike para deslocações diárias que fosse tão leve, bonita e com um preço tão competitivo.
Abram alas à ENGWE MapFour N1 Air, a mais recente aposta da marca para conquistar o público urbano que quer mobilidade elétrica sem estourar o orçamento, e sem carregar uma bicicleta que mais parece um tanque de guerra.
ENGWE MapFour N1 Air: 100 kms numa e-bike super leve e super barata?
Com um quadro em carbono e apenas 15.6 kg de peso, esta é uma das e-bikes mais leves da sua gama. Estamos a falar de uma e-bike equipada com um motor de 250W, autonomia até 100 km e um preço a rondar os 1399€ (fora campanhas), o que a coloca bem abaixo de modelos rivais como a Tenways CGO600 Pro ou a Specialized Vado SL2.
Mas será que vale a pena?
Minimalista e elegante. É um bicicleta com tudo no sítio
O primeiro impacto é visual. Antes de mais nada, a N1 Air não parece uma ENGWE.
Não é que isso seja bom ou mau, mas demonstra que a fabricante está pronta a fazer as coisas de forma diferente, ao sair de dentro da sua “caixinha” que tem dado origem a tantos sucessos.
Assim, podes esquecer os pneus gordos e a estrutura robusta da M20 ou da Engine Pro. Aqui tudo é discreto! Pneus 700*42C, quadro fino, bateria integrada no tubo diagonal e um design que não grita “sou elétrica”.
É uma bicicleta muito bonita na sua simplicidade.
Está disponível em versões step-through e step-over, ambas com bateria removível (uma raridade em e-bikes finas e baratas). Vale ainda a pena salientar o motor silencioso, construção sólida e foco na funcionalidade.
A travagem está a cargo de discos hidráulicos, e a transmissão é Shimano de 7 velocidades. Não são os componentes mais premium, mas também não há milagres a este preço.
Performance honesta!
No asfalto, a N1 Air porta-se bem. O motor de 250W é suficiente para subidas ligeiras, e a assistência é responsiva e fluída. O que na minha opinião é muito mais importante do que ter mais paciência, mas depois ter um sistema que não a sabe aproveitar.
O peso reduzido ajuda nas acelerações, nas manobras e até a pedalar sem assistência, caso seja preciso.
O único ponto mais fraco está nos travões, que apesar de hidráulicos, podiam ser melhores. Mas não falham, é uma questão de habituação. Também se nota alguma dureza na condução em pisos irregulares, fruto da ausência de suspensão e pneus finos.
Vale ainda a pena salientar que a luz frontal é pouco potente e tem de ser instalada manualmente. Por sua vez, a traseira é solar e ativa-se automaticamente com sensores de movimento.
Autonomia acima da média e carregamento rápido
A ENGWE promete 100 km por carga, mas como sempre, isso depende de muitos fatores.
Na vida real, os testes apontam para cerca de 55 km com assistência máxima e inclinações. Nada mau, especialmente tendo em conta o peso e o preço.
Para um uso mais normal, é provavel que seja capaz de chegar aos 80 quilómetros.
O carregamento demora entre 3 a 4 horas e a bateria pode ser removida em segundos, facilitando bastante o processo, especialmente se não tens onde guardar a bicicleta inteira.
Segurança e conectividade em alta
Aqui a ENGWE surpreende.
A N1 Air tem GPS integrado, alertas de movimento, notificações SOS automáticas e até um botão de “tocar campainha” via app, caso não a encontres no meio de outras bicicletas. É um pacote que normalmente só se vê em modelos bem mais caros.
Veredito: vale a pena?
Em suma, se procuras uma e-bike para deslocações diárias, leve, discreta, com boa autonomia e funcionalidades de segurança, a ENGWE MapFour N1 Air é uma das melhores opções abaixo dos 1500€.
Não é perfeita. Isto porque os travões e as luzes podiam ser melhores, e não dobra. Ainda assim, como bicicleta de cidade para quem quer evitar transportes públicos, é difícil bater esta relação qualidade/preço.
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