Há um momento que enerva qualquer pessoa: pedes 40€, ouves o barulho das engrenagens, o ecrã diz “a processar”… e nada. Ou pior: as notas aparecem, o terminal pede para as retirares, distrais-te meio segundo e a gaveta fecha-se como um cofre. “Ficou preso.” Calma: há explicação e há solução. Assim vamos aos cenários reais que estão a acontecer de dinheiro preso nas Máquinas Multibanco e como resolves.
1) O multibanco “puxa” as notas de volta
Os ATMs têm um temporizador de segurança. Se não retiras o dinheiro a tempo, o equipamento recolhe as notas para dentro (para evitar que alguém as vá buscar depois). Entretanto a operação fica registada, mas o banco faz a regularização automática para a tua conta, pode não ser instantânea e, se não cair, reclamas com talão e hora certa como refere a CGD. É protocolo, não azar.
2) “Debitou mas não saiu dinheiro”
Acontece por falha mecânica, atolamento do dispensador ou erro do cassette de notas. Nestes casos, a regra é a mesma: o banco faz a correção do débito sem que tenhas de “provar que não recebeste”. Se não vês a devolução em curto prazo, abre reclamação com recibo, local, data/hora e, se possível, número do terminal. Podes até pedir 2.ª via de talão no próprio MB (menu de consultas).
3) Notas suspeitas, tintadas ou danificadas: ficam retidas de propósito
Entretanto se o ATM identifica nota suspeita/falsa num depósito ou no processamento, pode reter. E aquelas notas com manchas de tinta (violeta, azul, verde…) são muitas vezes de neutralização após ataque a caixas: devem ser entregues ao banco. Assim não circulam e não te aceitam no comércio. Para notas danificadas, o Banco de Portugal troca desde que cumpram as regras (autenticidade e mais de 50% da nota).
4) Fraude “cash trapping”: alguém prendeu fisicamente a saída do dinheiro
É o golpe em que colocam um dispositivo na boca do dispensador para o dinheiro ficar retido, tu “não vês” notas, desistes e, quando sais, o criminoso puxa o acessório com as notas presas. Assim se o terminal debitou e não viste dinheiro, não abandones a máquina: liga ao banco na hora, fica junto ao ATM, fotografa o que conseguires (sem te expores) e chama polícia. Este método existe e tem crescido ao lado de outras técnicas como card trapping e shimming.
5) A operação interrompeu: tempo excedido, falha de rede, corte de energia
Entretanto as ATMs têm tempos máximos por passo; se demoras, a sessão cai. Também podem falhar por rede/energia. Regra de ouro: aguarda a mensagem final, não tires o cartão à força e confirma depois no extrato se o débito ficou.
Como evitar o filme do “dinheiro preso”
- Fica de frente para a ranhura e retira as notas de imediato.
- Se algo parecer fora do normal (fendas, cola, peças soltas), muda de ATM.
- Ativa alertas no banco para veres débitos em tempo real.
- Evita caixas isoladas e com pouco movimento à noite.
Na maioria dos casos, o “dinheiro preso” é tempo limite ou falha mecânica e o valor é corrigido pelo banco. Quando não é, há procedimento e provas (talão, hora e local) que resolvem. O único cenário em que perdes mesmo é o da fraude física e esse combate-se com olhos abertos e resposta imediata.
🔥 Este artigo foi útil?
Precisamos dos nossos leitores. Segue a Leak no Google Notícias e no MSN Portugal. Temos uma nova comunidade no WhatsApp à tua espera. Podes também receber as notícias do teu e-mail. Carrega aqui para te registares É grátis!



