Death Stranding 2: Outra caminhada, ou a mesma caminhada?

Death Stranding 2: É verão! Por isso, bem vindo de volta à “Praia” caro leitor.

Pois é, estamos de regresso com esta sequela ao melhor simulador de trabalhador dos CTT alguma vez lançado.

O primeiro Death Stranding foi, na minha opinião, uma experiência incrível que entrou no meu top 10 da última década. Entre a história que só podia ser saída da cabeça de Hideo Kojima, ao gameplay que vai completamente contra a maré de jogos “modernos”, para o bem e para o mal.

Numa atualidade em que todos os momentos têm de estar cheios de estímulos e de libertação de endorfinas, tivemos uma experiência que nos levou a mudar todo um país, uma encomenda de cada vez.

Será que após seis anos, Kojima conseguiu recapturar a magia do primeiro jogo? Ou será que, por já não ser novidade, temos em mãos uma sequela repetitiva?

Vamos descobrir com esta análise!

História e Gameplay

Death Stranding 2 tem início onze meses após os eventos do primeiro jogo e passa-se não nos Estados Unidos da América, mas sim maioritariamente no México e na Austrália.

Dito isto, estamos novamente nos sapatos (degradáveis, obviamente) de Sam Porter Bridges, o moço de entregas que salvou os EUA ao reconectar as pessoas após um evento apocaliptico.

Após os eventos do primeiro jogo, Sam e Lou estão a aproveitar a nova vida a dois que conseguiram conquistar. Um dia a dia tranquilo e cheio de alegria partilhado entre um pai e uma filha.

Mas, como sempre, nada dura para sempre, especialmente num futuro tão sombrio. Fragile decide interromper esta tranquilidade e aborda Sam com um pedido para este se reencontrar e ajudar o seu amigo Deadman no México.

Assim, deixando Lou ao cuidado de Fragile, Sam embarca mais uma vez numa missão que o vai colocar contra bandidos e BTs (Beached Things).

Agora, relativamente ao gameplay há algo que lhe posso dizer logo à partida caro leitor, e baseia-se numa simples pergunta:

Gostou do gameplay do primeiro Death Stranding?

Se a resposta foi sim, pode continuar a ler esta análise porque vai ficar bastante contente. Mas, se a resposta foi não… bem, pode continuar a ler na mesma, mas as notícias não são boas.

Death Stranding 2 é, na sua essência, mais daquilo que tornou o primeiro tão especial e controverso.

Das horas que já joguei (cerca de oito), posso dizer que para além de umas condições atmosféricas novas (tempestades de areia e a alteração do caudal dos rios consoante a chuva), mais alguns inimigos (pequenas aranhas de chirelium que nos drenam bateria, por exemplo), os ambientes serem mais diversificado e haver mais uns gadgets à nossa disposição. A realidade é só uma… não temos grande inovação.

Continuamos a entregar encomendas entre cidades/colónias e a receber likes consoante a rapidez e condição dos pacotes à chegada.

Temos de organizar o peso das encomendas e a sua distribuição no corpo, decidir o que é essencial levar em cada viagem para não superar a carga máxima e ter cuidado durante a deslocação para não deixarmos cair/danificar nada.

Como no primeiro jogo, o inicio é o mais frustrante. Não temos praticamente nada que nos ajude a transportar peso nem a facilitar as nossas deslocações.

Mas tal como no primeiro jogo também, trata-se de uma bola de neve, à medida que vamos expandindo a rede Chiral, vamos ficando cada vez mais eficientes e com mais equipamento que nos facilita bastante a vida.

Gráficos e Performance

Neste departamento, só tenho pontos positivos.

Assim que o jogo transitou da primeira cutscene ao gameplay, fiquei pasmado. A luz do sol a bater nas montanhas e a criar vales sombrios, as cidades no horizonte e a qualidade das texturas do Sam e da Lou… É um jogo que tira partido das capacidades da PS5.

Esta qualidade e atenção ao detalhe mantém-se durante todo o jogo, é realmente uma experiência visual muito boa e que vai para lá do que achava que a PS5 ainda conseguia fazer.

Tal como em qualquer jogo PS5 que se preocupa com a experiência do utilizador, temos os dois modos visuais nas opções que podemos alterar a qualquer momento.

O modo gráfico eleva os visuais ao máximo à custa dos frames (30 FPS), enquanto que o modo de performance baixa um pouco a qualidade mas permite ter uma experiência super suave no que toca aos frames.

Conclusão

Eu tenho uma forma pessoal de avaliar a inovação de uma sequela. Essa forma é perguntar a mim mesmo se seria capaz de jogar dois jogos do mesmo franchise um imediatamente após o outro. Em muitos casos a resposta é sim, no caso de Death Stranding 2, diria que não.

Isto porque, apesar de Death Stranding 2 ter uma história ótima, excelentes gráficos e gameplay mais acessível que o original, não inova o suficiente para evitar burnout. Especialmente no que toca a um jogo com mecânicas tão únicas e que requer tanta paciência.

Porém, isto não quer dizer que não gostei de DS2. Pelo contrário, é mais daquilo que adorei no primeiro e já se passaram quatro anos desde que joguei DS1. Ainda assim, tenha presente estas minhas palavras quando tomar a decisão de gastar oitenta euros neste jogo, assim sabe exatamente com o que pode contar.

Em suma, tendo tudo isto em conta e avaliando DS2 apenas nos seus próprios méritos, dou uma classificação de: 7.5/10

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A ferver

Gonçalo Henriques
Gonçalo Henriques
Lembro-me de ser miúdo e passar os meus dias a jogar NES/PS1, acho que até aí já sabia que iria ser gamer para o resto da vida. Agora quero partilhar este meu interesse com todos os que estejam interessados em ouvir um geek a falar da sua paixão.

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