Como separar a IA do Real no mundo das fotografias?

Hoje em dia, apesar de ainda existirem sinais, é de facto cada vez mais complicado conseguir separar aquilo que é artificialmente criado, do que é real. Isto é especialmente verdade em redes sociais como o Instagram e o TikTok, onde são colocadas centenas de milhares de imagens e vídeos, 100% baseadas em algoritmos de IA, a tentar passar por “coisas” reais.

Isto já está mal, mas a verdade é que só vai ficar pior. Por isso, talvez faça sentido conhecer alguns truques.

Como separar o IA do Real no mundo das fotografias?

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Portanto, com o avanço brutal das ferramentas de inteligência artificial, cada vez mais vemos imagens a circular nas redes sociais que parecem completamente reais, mas que, na realidade, foram apenas e só geradas por algoritmos. Aqui é preciso dizer que não estamos só a falar de rostos fictícios. Hoje em dia, paisagens, objetos, comida, eventos e até “fotos antigas” podem ser totalmente falsas. Por isso, vale a pena saber identificar os sinais. Vamos a isto?

1. Olha bem para os dedos e as mãos

Este continua a ser um dos calcanhares de Aquiles das ferramentas de IA. Muitas imagens geradas mostram dedos extra, dedos colados, anéis mal encaixados ou formas esquisitas nas unhas.

Se vires mãos meio deformadas ou acessórios estranhos, desconfia logo.

2. Verifica os olhos e os reflexos

Os olhos são outro ponto crítico.

Imagens reais têm reflexos naturais, que variam consoante a luz que existia à volta da pessoa. Já as imagens geradas por IA muitas vezes exageram o brilho, deixando os olhos quase “vidrados” e perfeitinhos demais. Podemos até dizer sem vida, o que é quase filosófico, mas faz todo o sentido.

Além disso, óculos e espelhos podem ter reflexos estranhamente limpos ou até erros de continuidade.

3. Repara na pele e no cabelo

Esta pode ser mais complexa, porque as pessoas no geral já usam filtros que suavizam muito a pele. (Sendo exatamente por isso que as fotos geradas também aparecem muitas vezes assim).

Mas, a IA gosta de suavizar tudo. Por isso, muitas imagens geradas mostram pele sem poros, sem pequenas rugas ou marcas naturais.

O cabelo também costuma parecer demasiado “clean”, sem fios soltos ou texturas mais realistas. Quando vês uma imagem onde ninguém tem uma única imperfeição, soa a suspeito.

4. Analisa o fundo e o contexto

Olha para o fundo da foto. Normalmente está desfocado, de forma a poupar recursos computacionais. Criar detalhe de fundo é ainda muito complicado.

Conclusão: não caias em tudo o que vês!

Estamos a entrar numa era em que distinguir realidade de ficção vai exigir olho clínico. Claro que há imagens reais com filtros e edição pesada que também parecem “perfeitas demais”, mas se juntares todos os sinais, tens mais hipóteses de não seres enganado.

Lembra-te: o teu olho humano ainda é a melhor ferramenta de deteção. Aprende a confiar nele.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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