A Cloudflare está debaixo de fogo. É que foi novamente acusado de fornecer serviços relacionados com a internet a organizações terroristas. Isto não abona muito a favor desta empresa.
Esta organização que recebe mais tráfego do que o Twitter, a Amazon, a Apple, o Instagram, o Bing e a Wikipedia, disponibiliza serviços essenciais que protegem sites contra todos os tipos de ataques, principalmente DDoS.
A investigação de um jornal australiano concluiu que o Cloudflare fornece proteção a sete organizações terroristas
Ora, uma investigação do jornal HuffPost descobriu que o Cloudflare fornece proteção online a sete organizações terroristas. Elas incluem o Taleban, al-Shabab, a Frente Popular para a Libertação da Palestina, as Brigadas Al Quds, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a Brigada dos Mártires de al-Aqsa e o Hamas.
Entretanto, a Cloudflare recusa-se a admitir se estão ou não a proteger estes sites. Assim, cita “questões relacionadas com a privacidade”.
Mas a grande questão é que se de facto o Cloudflare está a fornecer serviços a estes sites terroristas, trata-se de algo muito ilegal. Ainda para mais, todas estas organizações estão incluídas nas listas de terrorismo do governo americano.
Entretanto, este serviço de proteção de sites e não só, já veio admitir ao site Cnet que está a verificar se um determinado cliente está numa lista de terroristas. Se estiver, o serviço será interrompido.
Se não conhece o Cloudflare, podemos dizer-lhe que é mais conhecido pelos seus serviços de distribuição de conteúdo e mitigação de ataques DDoS.
Não é a primeira fez que o Cloudflare está sob o olhar atento das autoridades
Esta não é a primeira fez que esta empresa está sob o olhar atento das entidades governamentais. Já em 2012 a agência Reuters questionou este serviço acerca de um possível alojamento de dois sites que tinham afiliações com o Hamas e as Brigadas al-Quds. No entanto, na altura, o CEO da Cloudflare, Mathew Prince, respondeu de forma contudente: “não estamos a enviar dinheiro nem a ajudar pessoas a obterem armas”.
Entretanto, esta abordagem ultra-liberal manteve-se. Especialmente quando foi novamente confrontado em 2013. Desta vez pelo jornalista independente James Cook. Ele descobriu um site gerido pela Al Qaeda e protegido pelo Cloudflare.
A resposta desta empresa voltou a ser defensiva. “Um site é discurso. Não é uma bomba.
Mais tarde em 2015, o grupo Anonymous acusou a Cloudflare de servir “dezenas” de sites afiliados ao ISIS.
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