Sábado, Setembro 27, 2025

Chip vs banda magnética: afinal quem manda no teu cartão multibanco?

Todos os dias passamos cartões em terminais, no multibanco, na bomba de gasolina ou numa loja qualquer. É tão automático que já nem pensamos nisso. Mas se olhares com atenção para o teu cartão, vais reparar que ele tem duas tecnologias diferentes: a clássica banda magnética preta no verso e o chip dourado na frente. Afinal, porque é que o cartão multibanco tem as duas coisas chip vs banda magnética? Qual delas é que manda? E será que ainda precisamos da banda magnética em pleno 2025?

Um pouco de história: a era da banda magnética

A banda magnética foi inventada nos anos 60 e tornou-se o padrão mundial.  Dentro daquela fita preta está armazenada a tua informação bancária básica: número da conta, código do banco e dados de verificação.

Durante décadas, os terminais liam apenas essa banda, o que facilitou a massificação dos cartões. O problema? Era fácil de copiar. Com um simples leitor clandestino (skimmer), criminosos conseguiam clonar cartões e usá-los ilegalmente.

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A revolução do chip

Nos anos 90, surgiu a solução: o chip EMV (sigla de Europay, MasterCard e Visa).
Ao contrário da banda magnética, o chip não guarda apenas dados fixos. Ele gera códigos únicos para cada transação.

Isso significa que mesmo que alguém copie os dados de um pagamento, não consegue reutilizá-los. Foi uma mudança gigante em termos de segurança.

Hoje, praticamente todos os pagamentos presenciais são feitos com chip seja ao inserir o cartão ou, mais recentemente, através da tecnologia contactless (NFC).

Chip vs banda magnética: qual é que manda afinal?

O chip é hoje o “cérebro” do cartão, responsável pela autenticação segura, pelas transações e pela proteção contra clonagem.

A banda magnética funciona como um plano B, usada apenas em casos muito específicos, como máquinas antigas que ainda não suportam chip, ou em países onde a tecnologia ainda não é universal.

Na prática: o chip manda, a banda sobrevive como reserva.

Porque é que a banda magnética ainda existe?

Se o chip é mais seguro, porque não acabamos logo com a banda magnética?

A resposta é simples: compatibilidade.

Muitos terminais antigos (sobretudo fora da Europa) ainda só leem a banda.

Nos EUA, por exemplo, a migração para chip demorou muito mais tempo.

Algumas operações especiais, como cartões de hotel ou sistemas de transporte, ainda recorrem à banda.

Mas atenção: a Mastercard já anunciou que vai eliminar a banda magnética até 2033. O futuro vai ser 100% chip e contactless.

Riscos da banda magnética

Sempre que passas o cartão pela ranhura de leitura da banda, corres mais riscos:

É mais vulnerável a clonagem por skimmers.

Não gera códigos dinâmicos como o chip.

Em alguns países, continua a ser o método preferido dos burlões.

Por isso, os bancos recomendam usar sempre o chip ou o contactless sempre que possível.

Curiosidade: o chip também tem segredos

Sabias que o chip não é só um “circuito”? Ele tem memória, processador e até pode guardar aplicações diferentes, como:

  • Programas de pontos,
  • Cartões de transporte,
  • Identificação digital.
  • É literalmente um mini-computador dentro do teu cartão.

O mistério entre a banda magnética e o chip afinal tem uma resposta simples: o chip manda, a banda resiste apenas por tradição e compatibilidade. A cada ano que passa, a sua utilização diminui e, num futuro próximo, vai desaparecer por completo.

Da próxima vez que olhares para o teu cartão, lembra-te: aquela fita preta é quase um fóssil tecnológico, enquanto o chip é o guardião da tua segurança financeira.

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Catarina Couto
Catarina Couto
Apaixonada por tecnologia desde que usou o primeiro Nokia com ecrã monocromático, começou a escrever sobre gadgets ainda nos tempos da faculdade. Cresceu entre fóruns, blogs e lançamentos de telemóveis e nunca mais largou o mundo digital. Adora testar novos dispositivos, descobrir truques escondidos nos smartphones e simplificar a tecnologia para quem a usa no dia a dia.

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