Na última semana, muitos utilizadores receberam uma notificação nada simpática: o preço do Spotify Premium vai subir em setembro. A primeira reação foi de choque, afinal, já estamos habituados a aumentos em tudo: supermercado, luz, gás, até no café da manhã que antes custava 70 cêntimos e agora roça 1,20 €. Mas será que este aumento no Spotify é realmente um problema tão grande? Ou estamos a falar de um daqueles casos em que, quando olhamos melhor para os números, percebemos que não é assim tão grave?
Spoiler: o aumento não é tão pesado como parece, e há bons motivos para isso.
O novo preço em Portugal depois do aumento do Spotify
A tabela oficial do Spotify Premium, válida a partir de setembro de 2025, fica assim:
- Premium Individual: 8,99 €/mês
- Premium Estudante: 4,99 €/mês
- Premium Duo: 11,99 €/mês (duas contas)
- Premium Família (até 4 contas): 15,49 €/mês
- Premium Família (até 6 contas): 16,99 €/mês
Até aqui, o que mais chamou a atenção foi o plano Duo, que subiu de 10,49 € para 11,99 €. À primeira vista, pode parecer um aumento duro (mais 1,50 € ao mês, ou cerca de 18 € por ano). Mas é aqui que entra o detalhe que muda tudo.
Comparação com a concorrência
Vamos colocar o Spotify lado a lado com as principais alternativas em Portugal:
- Apple Music: 10,99 € individual / 16,99 € família (até 6)
- Deezer: 11,99 € individual / 19,99 € família (até 6)
- YouTube Music Premium: 9,99 € individual / 14,99 € família (até 6)
O que isto significa na prática?
O Spotify Individual (8,99 €) continua mais barato que Apple Music (10,99 €) e Deezer (11,99 €).
O Duo (11,99 €) é exclusivo. Assim nenhuma outra plataforma oferece um plano desenhado para duas pessoas. Se partilhas com o teu parceiro(a) ou colega de casa, cada um paga pouco mais de 6 € por mês.
O Família (16,99 € para 6 contas) está exatamente ao nível do Apple Music e mais barato que o Deezer.
Ou seja, o aumento não colocou o Spotify acima da concorrência. Pelo contrário, em alguns planos ainda continua a ser a opção mais em conta.
Mas vale mesmo a pena pagar?
Aqui entra a parte prática: quem usa o Spotify todos os dias dificilmente consegue voltar para o plano grátis.
Música offline: dá para ouvir playlists no carro, no metro ou até no avião, sem gastar dados móveis.
Nada de anúncios irritantes: no gratuito, és interrompido constantemente. No Premium, ouves música sem parar.
Playlists personalizadas: cada utilizador tem recomendações diferentes. Se usas Duo ou Família, cada pessoa mantém o seu gosto musical intacto.
Qualidade de som superior: mais bitrate, melhor experiência auditiva.
Para quem está sempre a ouvir música no trabalho, no ginásio, a cozinhar o custo extra acaba por ser diluído no dia a dia.
O detalhe que poucos conhecem
Quando olhamos só para Portugal, pensamos que estamos a ser “roubados”. Mas a verdade é que o Spotify continua mais barato cá do que em muitos países europeus.
Na Alemanha, por exemplo, o plano Duo subiu para 17,99 €. Em outros mercados, os aumentos foram de 20% ou mais.
Comparando assim, os 11,99 € que passamos a pagar em Portugal acabam por ser relativamente suaves.
Em resumo
O aumento é real, mas não nos colocou em desvantagem face a Apple Music, Deezer ou YouTube Music.
O plano Duo continua imbatível. Ou seja, dois Premium por 11,99 € não existe noutras plataformas.
O plano Família mantém-se competitivo, ideal para casas grandes.
Quem usa o serviço todos os dias dificilmente vai trocar por outro, porque a conveniência pesa mais que o euro e meio de diferença.
Portanto, sim, o Spotify subiu. Mas não, não é o fim do mundo. Aliás, continua a ser uma das opções mais acessíveis e vantajosas em Portugal. E tu? Vais manter a tua subscrição ou já estás a espreitar alternativas como o YouTube Music?
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