Chegou o mês mais negro, mas quase sempre muito aguardado, do calendário do consumo, o da Black Friday! Pois bem, com o fenómeno temos também uma avalanche de descontos, banners e promoções imperdíveis.
O problema? Muitas dessas “oportunidades únicas” são autênticos embustes. Aliás, o pior é que, apesar de existirem regras claras para proteger o consumidor, há lojas que continuam a brincar com os preços e ninguém repara nisso.
A lei é clara. O mercado? Nem por isso.
Desde a implementação do preço Omnibus, todas as promoções devem ser baseadas no preço mais baixo praticado nos últimos 30 dias.
Parece simples, não é? Mas na prática, o que acontece é o habitual truque das lojas, tanto as físicas como as online. Ou seja, sobe-se o preço antes da Black Friday para depois se fingir um desconto brutal.
Por exemplo, em Portugal, um portátil que estava a 689€ no início do mês passa “milagrosamente” a custar 799€ uns dias antes da campanha, e depois surge em “promoção” a 710€ com o preço riscado a dar o ar de negócio da década.
A matemática não engana, e o consumidor deve estar mais atento. Porque isto não é um desconto, é uma brincadeira.
Nem todos fazem batota
Há exceções, e importa dizê-lo. Há lojas que respeitam o Omnibus e mostram descontos reais, como acontece com a PcComponentes nesta altura de Black Friday, que até já tem página com descontos, e claro, indica os preços de forma transparente, sem truques ou números inflacionados.
Se um produto desceu 30€ no dia 1 e agora baixou mais 10€, o desconto apresentado é de 10€, ponto final.
Por isso… Cuidado com os “milagres” da Black Friday
A verdade é que grande parte do comércio continua a tratar o consumidor como um distraído. Colam etiquetas a dizer “-40%”, mas esquecem-se de mencionar que esse valor foi inventado há duas semanas. É por isso que, antes de clicares em “comprar”, convém usar comparadores de preços, como o da DECO Proteste, e verificar o histórico real.
Porque o Omnibus existe, sim, mas a lei só funciona se o consumidor estiver atento.
O truque final: o medo de perder a oportunidade
Há ainda outro fator psicológico que joga contra o comprador: o FOMO
Ou seja, o medo de ficar de fora. As lojas sabem-no bem e bombardeiam-te com avisos de “últimas unidades”, “promoção acaba hoje” ou “restam 2 em stock”. Mas muitas vezes, a realidade é que isto é tudo mentira, e por isso, o mesmo produto reaparece dois dias depois, ao mesmo preço ou até mais barato.
O conselho é simples…
Nesta Black Friday, mais do que procurar a melhor oferta, vale a pena procurar a honestidade nas lojas. Porque o verdadeiro desconto não é o que te mostram em letras garrafais, é o real, e para o perceber vais de te mexer um bocadinho.
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