Há alguns dias atrás, falámos um pouco sobre o Rafale, um SUV do Segmento D que tenta empurrar a Renault a um nível onde a fabricante Francesa nunca esteve. Isto porque, quem ainda olha para a Renault com os olhos de 2015 ou mesmo 2020, está a ver mal. As coisas mudarma.
Na realidade, nem é preciso olhar apenas e só para o Rafale, pode também olhar para muitos dos outros modelos da fabricante, onde temos de destacar o Austral.
Vamos por partes?
Renault Austral (2025): o SUV acessível que mostra uma nova realidade
Estamos a falar de uma Renault com ambição, com foco, com atenção aos detalhes. É uma marca que passou de fazer carros aceitáveis, quase sempre preferidos pelo foco na qualidade/preço, para fazer carros que dão gosto de ver e ainda mais de conduzir. O novo Renault Austral é mais uma prova disso mesmo.
Claro que este facelift de 2025 não reinventa a roda, até porque nem tinha de o fazer. O Austral ainda é um veículo muito recente, e é de facto um dos melhores SUVs da sua classe no que toca a design e conforto. Mas, a realidade é que agora ficou ainda mais refinado.
Aliás, ficou mais elegante, mais sólido, mais… premium. Tudo nele grita evolução, e não estamos apenas a falar do aspeto visual. Sente-se que houve um cuidado redobrado em perceber o que o cliente quer, e, acima de tudo, o que não gostava.
A Renault ouviu. E respondeu!
Os plásticos menos agradáveis desapareceram. Os acabamentos estão mais bem tratados. A interface digital está mais fluída. O comportamento em estrada está mais afinado. E tudo isto sem estragar aquilo que já funcionava bem no modelo anterior.
O que mais me impressionou foi mesmo a estabilidade, tanto em autoestrada, como nos caminhos mais complicados desta Lisboa sempre em obras (afinal estamos em época de eleições). Mesmo em manobras teoricamente mais apertadas, o Austral mostra uma agilidade nada fácil de encontrar no mundo dos SUVs.
É esta a nova Renault. Uma marca que já não vive da fama dos Clio e Megane baratos, mas sim da capacidade de surpreender com qualidade, tecnologia e um toque de ousadia no design.
É fácil dizer que é só mais um facelift. Mas não é. É mais um passo no caminho certo para uma Renault que, finalmente, deixou de jogar à defesa.