B-Squared: o novo jogo para Spectrum que promete viciar

Paul Jenkinson é dos nomes mais afamados da cena Spectrum. Não só porque lança jogos com uma grande cadência, mas também porque regularmente publica um magazine – The Spectrum Show Magazine – que já vai no número 19, e uma série, esta já no número 67. Por tudo isso, poucos há que não conhecem este nome, e nem mesmo o facto de não ter perfil no facebook, canal de excelência para divulgar os trabalhos nesta área, diminui a sua popularidade.

Não é assim de admirar que passado oito meses de Code Zero, o seu último jogo e que tão boas sensações nos deixou, aparecendo inclusivamente no último número da revista luso-brasileira Espectro, tenha lançado B-Squared, este com um conceito totalmente diferente dos seus últimos jogos, mas provando que não é necessário termos a complexidade de um The Sword of Ianna, por exemplo, para se apresentar um bom produto.

Isto tudo para dizer que o aqui temos é um jogo que tem tanto de simples, como de despretensioso. A nossa tarefa é “apenas” dirigir um cubo para a porta de saída, evitando alguns inimigos, que vão aumentando em número à medida que vamos subindo de nível (e são trinta e um, no total), robôs que disparam contra nós (alguns teremos que ativar algumas alavancas, doutra forma não nos permitem passar por alguns pontos), pisos armadilhados, espigões no tecto, etc.. Se dirigir o cubo é muito fácil, pois apenas temos as teclas de esquerda, direita e subir/saltar, já chegar ao ponto que pretendemos alcançar é uma tarefa um pouco mais árdua e que exige que delineemos muito bem a nossa estratégia.

Parte da estratégia que vão seguir, além do perfeito domínio do tempo e local de salto, fundamental para os jogos do género, passa por conseguirem encurralar os inimigos em pontos que não vos bloqueiem o caminho. Ou até mesmo escolher o timing certo para ativar as alavancas e fazer com que os robôs que disparam acertem nos restantes inimigos. Cada ecrã, mesmo não diferindo muito dos restantes, tem uma forma diferente de se chegar à porta de saída.

Tal como todos os bons jogos, os primeiros níveis são bastante fáceis, apenas de ambientação, aumentando gradualmente o grau de dificuldade, mas nunca nos fazendo sentir que estamos perante um objetivo impossível de ser alcançado. Uma vantagem (ou desvantagem, já que diminui o grau de dificuldade e, como consequência, a longevidade), é o facto de não existir um tempo limite para completar os níveis. Assim, apesar de alguns destes serem bastante complicados, mais cedo ou mais tarde completam o jogo, já que têm a possibilidade de aguardar todo o tempo que precisam para que um inimigo se meta na posição mais favorável, de modo a poderem avançar sem grandes sobressaltos.

Os gráficos são simples, quase espartanos, mas tremendamente coloridos, e o som, na versão 128k, muito agradável, sendo da autoria de Sergey Nilov, contribuindo para criar um ambiente que se coaduna com o prazer que retiram ao arriscarem-se na tarefa de fazer chegar o cubo à porta de saída. Sendo a jogabilidade bastante boa, ficarão seguramente satisfeitos com a experiência e irão passar por umas boas horas a fazer rodar este cubo.

B-Squared é gratuito e pode aqui ser obtido.

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André Leãohttp://planetasinclair.blogspot.pt/
Tive o meu primeiro computador em 1985, um TC 2048, que me iniciou na informática. Apesar de no final dos anos 80 ter definitivamente passado para os 16 bits, o bichinho do Spectrum e clones sempre ficou, até aos dias de hoje. Atualmente coleciono tudo o que tenha a ver com o Spectrum e vou estando a par das novidades deste mercado, sendo fundador do blogue Planeta Sinclair.

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