Os localizadores de objetos tornaram-se daqueles gadgets que só parecem inúteis até ao dia em que precisas mesmo de um. A Apple percebeu isso cedo com o AirTag, e desde então tem dominado o segmento quase sem concorrência real. Mas isso pode estar prestes a mudar.
Sim, é verdade que existem alternativas de outras fabricantes, muitas delas agora capazes de lançar produtos que tanto funcionam no lado Android, como também no lado iOS. Mas… Ter a Xiaomi ao barulho com qualidade e preço? É outra realidade.
Ou seja, a Xiaomi está a preparar o lançamento do seu próprio localizador, o Xiaomi Tag, e a ideia é simples e agressiva. Fazer praticamente o mesmo que o AirTag, mas por menos dinheiro.
UWB, Android e preço baixo. A combinação óbvia!
Segundo as informações mais recentes, o Xiaomi Tag deverá custar menos de 25 dólares, o que na prática deverá colocá-lo ali na casa dos 20 a 25 euros quando chegar ao mercado europeu.
Para comparação, o AirTag custa 39 euros em Portugal fora de promoções, e mesmo em packs continua longe de ser barato para o que é.
Entretanto, o lançamento deverá acontecer já a 26 de dezembro, durante o evento de apresentação do Xiaomi 17 Ultra na China. Mas claro, deve funcionar apenas no ecossistema Android.
O detalhe que importa. UWB
Aqui é onde a coisa fica séria. O Xiaomi Tag deverá contar com UWB, Ultra Wideband, exatamente como o AirTag. Isto não é um detalhe técnico irrelevante. É o que permite localização precisa ao centímetro, com indicação de direção, mesmo em ambientes cheios de interferências.
Além disso, o Xiaomi Tag deverá integrar-se na rede Find My Device da Google, usando outros smartphones Android por perto para localização à distância. Na prática, o mesmo conceito da rede Find My da Apple, mas no mundo Android.
Não é o primeiro. Mas pode ser o mais popular
É verdade que a Xiaomi não chega sozinha. Já existem soluções como Chipolo, Pebblebee ou o Moto Tag da Motorola, todas compatíveis com UWB e com a rede da Google. O problema é que nenhuma delas conseguiu ainda ganhar grande tração junto do público.
A Xiaomi tem algo que as outras não têm. Escala, preços agressivos e uma base gigantesca de utilizadores Android. Se este localizador for bem integrado no sistema e tiver um preço competitivo, pode facilmente tornar-se o AirTag do mundo Android.
